terça-feira, julho 19, 2005

Vale-te de muito

Vale-te de muito andares por aí com esse sorriso na cara. Já sabes que não vai durar muito. E porquê? Bem... tu sabes melhor que eu. Afinal de contas, tu é que sabes o que disseste. Eu apenas sei quais foram as consequências das tuas palavras. Tu achas mesmo que eu, lá porque tenho estado quieto no meu cantinho, esquecí o que se passou? Julgas mesmo que engolí tudo o que foi dito, que levei com tudo em cima como se fosse um saco de boxe e que estou parado porque levei com gosto e estou à espera de mais? Pensa bem, pensa lá bem... tu não és uma pessoa estúpida... fazes-te para o que te interessa, tal como já vimos acontecer. Porque é que eu estou quieto? Porque estou à espera, à espera que o tempo passe, à espera (talvez em vão) que tudo mude e eu não tenha que enverdar por um caminho que talvez não seja muito agradável para ti? Entao, já pensaste bem? O que é que eu vou fazer? Isso é que não digo. O "porquê" já nós sabemos; o "quem" também; o "como"... tu verás na altura certa assim como o "quando" e o "onde". E bem vistas as coisas, eu nem preciso de me chatear muito. Se repararmos bem, tu enterraste-te à grande. Por tua própria mão, pelas tuas próprias escolhas, escolhete o teu caminho. Com as consequências que todos conhecemos. Tu começaste, tu terminarás, a bem ou a mal. A escolha é tua. Para mim é-me completamente irrelevante. E não vale apenas começares com choradinhos. Porque é que eu tenho de mostrar misericórdia por ti? Tu mostraste-a por mim? Não! Em primeiro lugar disseste-me coisas desagradáveis e porcas; em segundo arranjaste uma forma airosa de esconder o que fizeste e meteste-me a pagar por tudo e, em terceiro, como consequência maior, lixaste-me uma amizade. E pior que tudo... divertiste-te com toda a situação pois, e pelas tuas próprias palavras, eu sou um palhaço e, como tal, tu tinhas de me gozar à grande. Aldrabaste, inventaste, mentiste para fugir com o rabo à seringa, meteste as culpas do que fizeste em cima de mim, fizeste com que eu ganhasse uma imagem de tudo aquilo que não sou e que tu és apenas e só porque fizeste merda, muita merda, e sabias que o preço a pagar seria muito elevado. Ou achas que alguém gosta de ter ao seu lado um homem que se comporta e tem atitudes com as que tu tiveste? Eu nem devia dizer "homem" porque isso é um insulto a todos os homens que têm atitudes dignas, coisa que tu não tiveste. Mas isso não me diz respeito. O que me diz respeito é que eu estou a pagar pelo que fiz e pelo que não fiz, ou seja, pelas minhas asneiras e pelas tuas. E nada do que fiz merece a zanga que colocaste sobre mim. Eu pago pelas minhas asneiras e sem qualquer problemas pois assumo o que faço e peço perdão por isso. Mas já estou farto desta palhaçada!! Já estou farto de ser olhado na rua como se fosse o monte de esterco, um aldrabão de pior espécie e um conflituoso! No espaço de 9 meses selaste o teu destino. E há sempre a questão da presunção da inocência. Acusar alguém de algo sem provas ou testemunhas pode ser muito chato...