Noite na SInfo
22:00 Olho para o ecrã do monitor do meu portátil na penumbra em que se tornou o átrio do pavilhão civil após terem desligado as luzes dos corredores e das salas. "Não! Não posso ligar as luzes sem autorização do gestor" disse um dos seguranças de serviço. Boa... pagámos quase 2000 euros para estarmos num espaço sem iluminação nocturna... Esquecí-me, estou em Portugal e as coisas funcionam assim...
É verdade, hoje a Sinfo encheu! Ao 4º dia (!!!) finalmente o centro de congressos teve mais e metade da sua lotação ocupada. É claro, tinha de ser com a conferência da PJ e com todas as outras sobre segurança informática. "Ah e se eu usar um programa p2p e sacar umas cenas, é ilegal?" Perguntas como estas feitas ao inspector da PJ são para rir o tempo todo. Por isso é que esta foi a única conferência onde fiz questão de estar presente de serviço precisamente para me rir um bocado.
No entanto, a Sinfo, no geral, não está a correr tão bem como nos outros anos. Primeiro, o facto de estarmos em civil e o átrio não estar logo à entrada como acontece no central. No central, quando se entra, vê-se logo o espaço da exposição. Aqui não, pois o átrio está muito descaído para a direita e nem todos reparam na sua existência, o que faz com que venha menos pessoal. O que nos vale é a presença da Xbox 36o para o povo experimentar! O responsável da Lidel/FCA mostrou-se contente com o volume de vendas. Até disse que tinha vendido livros ao pessoal de aquitectura que não esperava que houvesse procura! Mas como já disse, o número de pessoas tem sido menor do que esperávamos. O ano passado já tínhamos vendido as t-shirts todas e este ano temos de fazer promoções para nos livrarmos delas!
Depois temos a questão das conferências. Sem exagerar, temos dos melhores programas de conferências dos últimos anos. E é um facto reconhecido por todos os que visitam a Sinfo, incluíndo os jornalistas e os engenheiros das empresas que cá vêm. Conseguimos conferências apenas sobre temas técnicos, sobre projectos académicos, sobre assuntos da actualidade como o processo de Bolonha e, mesmo assim, o pessoal cortou-se... Torna-se muito triste, não só para quem vai falar mas também para quem organiza, ter um trabalho para fazer algo de muito bom ao qual as pessoas não aderem... Francamente não sei o que se passa pela cabeça dos alunos desta faculdade, especialmente os da LEIC. É o que eu digo... Agora vêem para a LEIC apenas para jogar computador e não querem saber o que se faz para além disso, incluíndo quando acabarem o curso. Mas constata-se um facto: o modelo das conferências está esgotado. E, ter 5 dias de conferências como as fazemos na Sinfo, é um modelo inadequado. Hoje ao almoço, em conversa com o Henrique, discutimos este assunto. As coisas têm de mudar. Uma alternativa é colocar a Sinfo na 1ª semana de aulas do 2º semestre. Assim, como há poucas aulas, o pessoal já não tinha desculpas para se baldar. Depois, reduzir o dia de conferências. Uma boa solução seria reduzir para 3 dias e fazer workshoops com certificação no final para os participantes. Isto, claramente que atrairía mais pessoal. Em relação aos stands, os 5 dias justificam-se claramente. Só que temos de trazes empresas de renome e com material que todos queiram ver como aconteceu em anos anteriores: Toshiba com portáteis, Aqua PC, Microcaos e Criterium com pc's, consultoras com apresentações sobre as suas empresas para atraír os finalistas... Há tantas opções...
Mas também ouví algumas sugestões engraçadas. Uma delas era fazer a Sinfo partida ao meio entre a Alameda e o Tagus; dois dias cá e dois dias lá. Esta só pode ser para rir... Os tipos no Tagus têm uma forma de ver as coisas completamente diferente de nós e uma atitude que não lembra a ninguém. Desde que o Gonçalo escreveu aquele mail a reclamar com o facto de os meninos chegarem lá e porem os portáteis de manhã à noite na biblioteca a ocupar espaço apenas para estarem a jogar, já se espera tudo! E a última foi-me indicada pelo NEIIST. À semelhança do que se faz na Alameda, quiseram organizar um ciclo de apresentações lá. Acontece que à 1ª apareceram duas pessoas e na 2ª apareceu... ninguém. Era mesmo só o que faltava fazer Sinfo com eles. O trabalho sobrava era todo para cima de nós! Já não basta terem a vida facilitada pois têm a carga de avaliação muito menor que nós, ainda são emproados com as notas e na forma de abordarem o curso. Não é à toa que lhes chamamos a "LEIC Light". E. mais importante que isso, que as empresas não lhes ligam muito mas sim ligam a quem sai da Alameda, mesmo com notas inferiores pois eles sabem que trabalhamos muito e aprendemos mais que no Tagus.
Bem, estou a esticar-me com a escrita. Acho que vou ver uns filmes que o Tiago me emprestou :P
By the way, já tive tempo para escolher a citação para Março. Tem tudo a ver com a minha linha de pensamento...
É verdade, hoje a Sinfo encheu! Ao 4º dia (!!!) finalmente o centro de congressos teve mais e metade da sua lotação ocupada. É claro, tinha de ser com a conferência da PJ e com todas as outras sobre segurança informática. "Ah e se eu usar um programa p2p e sacar umas cenas, é ilegal?" Perguntas como estas feitas ao inspector da PJ são para rir o tempo todo. Por isso é que esta foi a única conferência onde fiz questão de estar presente de serviço precisamente para me rir um bocado.
No entanto, a Sinfo, no geral, não está a correr tão bem como nos outros anos. Primeiro, o facto de estarmos em civil e o átrio não estar logo à entrada como acontece no central. No central, quando se entra, vê-se logo o espaço da exposição. Aqui não, pois o átrio está muito descaído para a direita e nem todos reparam na sua existência, o que faz com que venha menos pessoal. O que nos vale é a presença da Xbox 36o para o povo experimentar! O responsável da Lidel/FCA mostrou-se contente com o volume de vendas. Até disse que tinha vendido livros ao pessoal de aquitectura que não esperava que houvesse procura! Mas como já disse, o número de pessoas tem sido menor do que esperávamos. O ano passado já tínhamos vendido as t-shirts todas e este ano temos de fazer promoções para nos livrarmos delas!
Depois temos a questão das conferências. Sem exagerar, temos dos melhores programas de conferências dos últimos anos. E é um facto reconhecido por todos os que visitam a Sinfo, incluíndo os jornalistas e os engenheiros das empresas que cá vêm. Conseguimos conferências apenas sobre temas técnicos, sobre projectos académicos, sobre assuntos da actualidade como o processo de Bolonha e, mesmo assim, o pessoal cortou-se... Torna-se muito triste, não só para quem vai falar mas também para quem organiza, ter um trabalho para fazer algo de muito bom ao qual as pessoas não aderem... Francamente não sei o que se passa pela cabeça dos alunos desta faculdade, especialmente os da LEIC. É o que eu digo... Agora vêem para a LEIC apenas para jogar computador e não querem saber o que se faz para além disso, incluíndo quando acabarem o curso. Mas constata-se um facto: o modelo das conferências está esgotado. E, ter 5 dias de conferências como as fazemos na Sinfo, é um modelo inadequado. Hoje ao almoço, em conversa com o Henrique, discutimos este assunto. As coisas têm de mudar. Uma alternativa é colocar a Sinfo na 1ª semana de aulas do 2º semestre. Assim, como há poucas aulas, o pessoal já não tinha desculpas para se baldar. Depois, reduzir o dia de conferências. Uma boa solução seria reduzir para 3 dias e fazer workshoops com certificação no final para os participantes. Isto, claramente que atrairía mais pessoal. Em relação aos stands, os 5 dias justificam-se claramente. Só que temos de trazes empresas de renome e com material que todos queiram ver como aconteceu em anos anteriores: Toshiba com portáteis, Aqua PC, Microcaos e Criterium com pc's, consultoras com apresentações sobre as suas empresas para atraír os finalistas... Há tantas opções...
Mas também ouví algumas sugestões engraçadas. Uma delas era fazer a Sinfo partida ao meio entre a Alameda e o Tagus; dois dias cá e dois dias lá. Esta só pode ser para rir... Os tipos no Tagus têm uma forma de ver as coisas completamente diferente de nós e uma atitude que não lembra a ninguém. Desde que o Gonçalo escreveu aquele mail a reclamar com o facto de os meninos chegarem lá e porem os portáteis de manhã à noite na biblioteca a ocupar espaço apenas para estarem a jogar, já se espera tudo! E a última foi-me indicada pelo NEIIST. À semelhança do que se faz na Alameda, quiseram organizar um ciclo de apresentações lá. Acontece que à 1ª apareceram duas pessoas e na 2ª apareceu... ninguém. Era mesmo só o que faltava fazer Sinfo com eles. O trabalho sobrava era todo para cima de nós! Já não basta terem a vida facilitada pois têm a carga de avaliação muito menor que nós, ainda são emproados com as notas e na forma de abordarem o curso. Não é à toa que lhes chamamos a "LEIC Light". E. mais importante que isso, que as empresas não lhes ligam muito mas sim ligam a quem sai da Alameda, mesmo com notas inferiores pois eles sabem que trabalhamos muito e aprendemos mais que no Tagus.
Bem, estou a esticar-me com a escrita. Acho que vou ver uns filmes que o Tiago me emprestou :P
By the way, já tive tempo para escolher a citação para Março. Tem tudo a ver com a minha linha de pensamento...
"You know what it means to hate. Now you're ready to be a king."
Ian Bannen - "Robert Bruce, Sr."
Braveheart
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