quarta-feira, maio 27, 2009

Qualidade de Vida

Várias diferenças marcam a passagem da vida de estudante para a vida de empregado. À cabeça surge sempre o facto de se passar a receber uma quantidade de dinheiro fixa por mês, claramente superior à tradicional mesada que se recebe dos pais (e com uns extrazitos dos avós, dos padrinhos, dos tios,...), que se denomina de salário. Este é, talvez, o aspecto positivo desta mudança. O facto de se ter de passar a respeitar um horário de trabalho, não ter dois meses e meio de férias todos os verões (com mais umas semanas "perdidas" ao longo do ano) e um enorme sentimento de liberdade de movimentos são aquelas coisas de que se tem saudades e levam muita gente a dizer "ai de quando se era estudante".
Eu encaro a minha vida profissional como um incremento na minha qualidade de vida pessoal. O facto de se passar a ser responsável pelas despesas e por um bom equilíbrio orçamental (isto já parece conversa do Primeiro-Ministro...) como que obriga uma pessoa a crescer e a encarar a vida de um modo mais adulto e responsável. Pessoalmente, a aplicação dos meus ganhos reflecte-se numa maior liberdade de escolha relativamente ao meu aspecto exterior e ao concretizar ou, pelo menos, planear de alguns projectos pessoais que gostava de passar à prática.
A vida é muito curta. Nos últimos tempos tenho tido uma grande noção deste aspecto. Sinto que as semanas passam a correr. Não sei se é pelas coisas que tenho feito no trabalho, se é por passar alguns momentos-chave do dia sozinho ou se é apenas por ter a mente liberta de qualquer pensamento ao final do dia mas a verdade é que tenho-me apercebido que o tempo passa depressa. A vida está cada vez mais curta e vejo algumas coisas a passarem por mim e eu sem conseguir apanhá-las para mim. Será castigo? Ou será o destino? Sinceramente, não sei e quase que tenho medo de descobrir. O que importa concluir é que há coisas que o dinheiro que se ganha permite atingir certas metas. E há outras que todo o dinheiro no mundo não consegue alcançar...