Fazer

A disputa entre a Razão e o Coração centra-se nas acções que escolhemos fazer a cada instante. Racionalizar muito uma decisão retira-lhe a componente sentimental que caracteriza o estado emocional do ser humano. Por outro lado, decidir por impulso sem parar para reflectir leva a que o "sangue frio" não esteja presente no momento fulcral. Tudo isto é verdade mas também há que ter em conta que é tudo muito relativo; o ser humano não é uma máquina e, a cada momento em que decide, aprende e evolui a partir do passado para o seu futuro.

Recentemente, comprei um livrinho intitulado "A Princesa que acreditava em Contos de Fadas" com o qual cruzei o meu olhar numa lista bibliográfica (na Vida, nada acontece por acaso...) e cuja mensagem me tocou bem fundo, um pouco à semelhança do que tinha acontecido quando li "O Cavaleiro da Armadura Enferrujada". Das várias lições nele contidas, uma das que mais me chamou a atenção foi a seguinte:

"Deve-se sempre fazer o que é melhor em vez de se fazer o que se quer."

Quantas vezes o coração diz para fazermos algo e, quando paramos para pensar um pouco, verificamos que essa acção pode ser prejudicial embora, para o nosso lado sentimental, seja a decisão mais acertada? Eu sei pois tenho sido posto à prova neste ponto várias vezes nos últimos tempos...

É muito duro julgarmos que o coração tem as respostas para tudo e depois verificamos que nem todas são as mais correctas no momento correcto. Embora, à primeira vista, possam parecer que tragam impactos positivos, na realidade são nefastos.

Por muito que possa custar, mesmo que dilacere a alma e o coração, devemos sempre fazer o melhor em cada decisão que tomamos. Mesmo que isso possa ser totalmente contrário ao que o coração diga, no futuro, será sempre visto como a escolha correcta. Mas, para constatar isso, é necessário ser paciente, dando tempo ao tempo...