Lidar com diferenças
Somos todos diferentes. De facto, esta é a riqueza natural da Humanidade que fez todos os seres humanos diferentes entre si. Essas diferenças vão muito para além da questão física e da mera separação entre homens e mulheres. A personalidade, os gostos, a forma de encarar a vida, a postura perante os desafios, a sensibilidade... Podia continuar aqui a desfiar os diversos pontos em que se podem encontrar as diferenças entre as pessoas.
Mesmo tendo conhecimento em primeira mão de como é o outro, a percepção que temos também toma um papel importante. Quantas vezes ouvimos dizer na diferença entre o ser e o parecer? Aqui está um desafio interessante que permite compreender melhor a natureza do ser humano nas suas relações sociais e afectivas. Nem sempre a sua reacção corresponde, aparentemente, ao que realmente sente dentro de si nem às suas convicções pessoais. Tantas vezes observamos a atitude de uma pessoa indicar um sentimento quando, na verdade, o que vai dentro do seu coração é algo completamente diferente? E o que fazer nestas circunstãncias? Arriscar ou jogar pelo seguro?
Não sou a pessoa mais indicada para responder a esta questão, creio que a minha experiência de vida ainda é demasiado curta para eu me sentir em condições de oferecer uma resposta concreta. E tenho passado por diversos episódios em que a percepção que tenho acaba por se tornar muito diferente da realidade propriamente dita. O ser humano é, por natureza, uma mistura de sentimentos e vontades diversas, imersos em diferentes convicções e estados de alma que mudam consoante os diferentes estímulos que recebe ao longo dos momentos. E isto tudo torna-se num caldeirão de emoções de difícil interpretação que facilmente levam a conclusões erradas. Creio que a melhor forma de lidar com as diferenças é agir com calma e pensar com o coração não deixando as emoções toldarem o juízo nem escurecer a bondade que temos de aplicar perante nós e os outros.
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