quarta-feira, agosto 04, 2004

Ana

Ana Cristina da Silva Almeida. Desde os últimos quase dois anos que o teu nome anda a moer-me cá por dentro. Não que eu esteja a sofrer por amor porque eu não te amo nem nunca te amei. Não por me teres feito algum mal porque não o fizeste. Não por me teres magoado porque não me magoaste. Apenas porque não me falas. Apenas porque parece que eu não existo para ti. Apenas porque me meteste de lado como se eu fosse algum monstro que tem de ser tratado à parte e que merece nada. Eu não sei o que possa fazer. E acho que não há mesmo nada que possa ser feito da minha parte. Eu não posso obrigar uma pessoa que não quer acreditar em mim a fazê-lo. E o facto de não o fazeres custa-me tanto. Não imaginas o que me dói cá dentro. A mágoa que me dá o teu alheamento, a tristeza que me dá a tua indiferença... Só me restam as memórias que tenho de ti. Todas aquelas coisas que me fizeste, simples e simpáticas, sem qualquer importância material mas com muita importância do que verdadeiramente une a amizade entre duas pessoas, eu tenho guardado cá dentro do meu coração. As tuas cartas com todas as tuas ideias e sentimentos e o teu sorriso bonito e simpático com que me falavas cada vez que me vias... Será que o voltarei a ver à minha frente? Ou terei de me contentar com a memória dele? Eu quero acreditar que o verei. Eu sei que o verei! Qualquer pessoa que compare o que se passou entre mim e o Carlos com o que ele te contou percebe o que quero dizer. E lamento muito o que se passou. Tu não merecias, pelo que és como pessoa, pelo que dás aos outros sem esperar nada em troca, pelo que deste a mim... Há muita gente que sofre por amor. Mas nunca ouvi dizer de alguém que sofra por uma amizade. Até parece que é algo irrelevante comparado com o amor. Nada mais errado. Esquecem-se que é da amizade que vem o amor. E eu sofro por não estarmos bem um com o outro. Muitas vezes quando te vejo, pergunto quanto tempo mais vamos estar assim, em campos opostos. Não sei. Será que alguém sabe? Eu estou a pagar porque errei quando devia ter agido correctamente, porque respondí a provocações quando as devia ter ignorado... Eu sei e não preciso que mo digam que eu sei. E se um dia eu tiver uma oportunidade, eu pedirei perdão por isso. Mas não fiz tantas coisas erradas como te foi dado a entender. Há uma diferença entre aquilo que tu acreditas que é verdade e aquilo que aconteceu na realidade. A vida que temos de percorrer tem caminhos estranhos, opções que nos parecem não fazer qualquer sentido. Mas é a forma que temos de os interpretar que nos define como seres humanos. Só tenho pena, muita pena que o tempo em que estivemos bem não fosse suficiente para me conheceres bem como pessoa, como amigo... Acredito que, um dia, teremos uma hipótese para isso, para os dois... Até que esse dia venha, o melhor para nós, é o que desejo.


"Se algum dia passei por ti e nao te sorri,
esse foi o dia em que mais precisei de um sorriso teu..." - Não sei quem foi que disse isto pela primeira vez... Mas é uma grande verdade.

1 Comments:

Blogger João Saraiva said...

Oh homem, esquece a gaja (atenção, não levar isto no mau sentido...). Sendo ela (supostamente) tua suposta amiga, e tendo em conta que ela não acredita minimamente em ti, achas que ela merece mais?

Como já te disse, há-de chegar o dia em que ela irá chegar a casa e encontrar o pato na cama com outra gaja qualquer. Se não acontecer isso, será algo ainda pior. E aí ela vai ver a parvoíce dela. Mas olha, que se lixe. A vida não nos dá segundas oportunidades. Ou aproveitamos a primeira oportunidade, ou perdemos essa oportunidade para sempre. E ela vai aprender isso da pior maneira. Azarinho o dela. Ninguém a manda ser parva.

Mas, como já te disse, esquece isso. Se ela nem sequer quer falar contigo, ela que se lixe.

Atenção: não estou a dizer para teres atitude de desprezo. Simplesmente, borrifa-te para ela. Age como se não a conhecesses (até porque, pelos vistos, nem a conheces assim tão bem... Senão, tinhas previsto que ela nem sequer te ia dar oportunidade de te defenderes, e tinhas-te simplesmente afastado dela antes disto tudo).

Achas que ela merece sequer um milisegundo da tua atenção (ou da de qualquer outra pessoa, já que estamos nessa onda)?

Your friend
JS

06/08/04, 00:59  

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