segunda-feira, fevereiro 14, 2005

Férias e outras considerações

Estou de férias. Desde a quinta-feira passada que as minhas actividades pessoais não têm a ver com nada relacionado com o meu curso ou a minha faculdade. Ainda bem... já estava farto da época de exames. Estar a meter matéria aos montes cá dentro, em estilo de injecção deixa qualquer um em estado catatónico. Mas acabou, pelo menos por agora. Agora vou é aproveitar estas duas semaninhas para descontrair, descansar, pôr a leitura em dia e ver filmes. E já agora aproveito para dizer que o jantar de anos da Ana Catarina foi um espectáculo! O pessoal foi de mais... e curti muito as conversas que tive com o João, especialmente as histórias que ele conta sobre as vezes que vai nas ambulâncias do INEM. Aquela da mulher que telefonou para o 112 porque o bebé tinha espirrado 3 vezes (!!!) não lembra a ninguém... Até parece saído do Gato Fedorento...

Continuo com muitas questões a batalharem-me na cabeça. Estive tão bem durante tanto tempo e agora isto. Um turbilhão de sentimentos, sensações, impressões que não deixam de me criar grande confusão. Isto parece piada... na fase da vida em que supostamente estas coisas aparecem, na adolescência, a vida passou-se sem nada de especial. Agora que já entrei na idade adulta, aparecem-me estas coisas. Porquê? Porque é que tenho um coração duro como a pedra que a cada dia que passa mais duro se torna? Será que é por me terem espetado uma faca nele que eu agora ando a ver se crio uma defesa natural para que não me volte a acontecer? Mas se eu fizer isso, o que me irá acontecer no futuro? Muito provavelmente irei ficar sozinho... Mas isso já não é o que acontece actualmente? E não me estou a referir no contexto do convívio das pessoas porque daí não há nada a indicar, bem pelo contrário, tanto com a família e com todos os meus amigos. De resto, não é normal eu não estar acompanhado? Hoje, por exemplo, está alguém comigo? E nos outros dias, como é? É diferente? Não, é sempre a mesma coisa... E depois vêem-me dizer que se eu estivesse acompanhado, far-me-ia muito bem. Pena é que isto não seja tão linear como comprar cenas no supermercado... Raios partam esta merda toda!...
Ainda hoje de manhã quando ia para Lisboa para a habitual aula de natação de 2ª feira deram-me o Destak como de costume. Na primeira página vinha lá uma imagem toda romântica de um casalinho a beijar-se com uma frase a dizer que não se fica indiferente ao dia dos namorados. Engraçado dizer-se uma coisa destas... Quem não está comprometido, como eu, não liga a esta data e quem já tem par, se ama realmente a pessoa que tem ao lado, então todos os 365 dias do ano são "dia dos namorados". Realmente... :|
Razão tem uma miúda que escreveu no blog dela que é reconfortante ver que a vida corre aos outros como ela gostava que corresse a ela própria. Já somos dois a dizer o mesmo.

1 Comments:

Blogger NightSilence said...

O qeu te hei-de dizer? Que ja passei por isso? que é normal criarmos defesas , uma bolha onde nos enfiamos? a dizermos que somos fortes mas que por dentro é tudo mentira?

E que alem disso o tempo cura? As vezes é bom termos estas duvidas, sermos a decepcao de alguem, porque só ai nos damos conta de quanto humanos somos, de quanto damos valor aos outros, as relacoes e aos sentimentos de quando estamos sozinhos.

Pelo menos falo por mim, dd o ultimo tempo até agora tive muito tempo para pensar, para aprender, para me modificar e para ver melhor como as coisas sao. Alem disso ganhei uma amiga que me mostrou que o mundo nao tem de ser cinzento , pode ser mas nao precisamos de ser como ele.

Deixa fluir o tempo. Quando chegares aos 30 anos e nao tiveres ninguem entao ai começa-te a preocupar.

Se por um lado é bom termos alguem, por outro é bom porque sabemos o que é nao termos e ai dás mais valor a quem vier ( só nao dás se fores parvos mas parvo é coisa que nao és)


Quanto á menina do outro blog... somos 3 :D

15/02/05, 02:09  

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