segunda-feira, julho 24, 2006

Ponto Final, I

Acho engraçado, para não dizer mesmo irónico, que me chames maquiavélico. Isto vindo duma pessoa que teve um conjunto de atitudes e que, para as esconder, mentiu descaradamente à namorada duas vezes no espaço de 9 meses. Mas já lá vamos.
Acho incrível que, ao fim deste tempo todo, ainda julgues que eu estava interessado na Ana. Se tiveste a percepção que eu gostava dela há 4 anos atrás assim como julgaste que eu andei estes últimos tempos a preparar alguma coisa contra ti, deixa-me que te diga que me conheces muito mal. Eu não tinha namorada na altura, assim como não tenho hoje, mas não vivo obcecado com isso, para desilusão de muitas amigas minhas que andam sempre a chatear-me a cabeça com isso. As coisas acontecem quando têm de acontecer e não há nada que possa ser feito para as contrariar. Quando voltei a ver a Ana em 2002, houve duas ideias que me vieram logo à mente: ela era uma mulher comprometida e ela não era o tipo de mulher que procurava. Eu e ela temos gostos, pontos de vista e uma forma de estar completamente diferente. Da primeira vez que a vi, pensei: "Ela não é quem eu estou à procura". Que decidi fazer? Bem, quis que a Ana tivesse na minha vida o mesmo papel que as outras pessoas que nela já estão têm: alguém importante em quem eu pudesse confiar e contar em qualquer altura. Foi com estes pressupostos que decidi dar-me com ela. Até eu perceber o que tu pensavas. Ainda hoje estou para perceber onde é que foste buscar a ideia de que eu te queria roubar a miúda. Não me digas que era pelos mails que lhe escrevi... Achas que andava a fazer-me a ela apenas por usar palavras simpáticas e carinhosas? Sabias que a forma como escrevi à Ana é precisamente da mesma forma com que escrevo a todas as minhas outras amigas? Engraçado... nunca nenhuma achou que eu andava a ter alguma atitude incorrecta nem nenhum dos respectivos namorados achou que eu estava a "esticar-me"… Em relação à Ana, confesso que fiquei espantado, se não mesmo impressionado com a postura dela. Posso afirmar que tenho um misto de tristeza e mágoa derivado das palavras e da sua postura. Uma coisa que nunca percebi bem foi se ela apenas se limitou a acreditar em ti e assumiu que era verdade o que saia da tua boca ou se sabe o que realmente aconteceu e te protegeu. Neste momento é irrelevante. Assim como também é irrelevante essa informação que me dás a conhecer de que já não andas com ela. Não aquece nem arrefece. É-me igual, independentemente de estares a falar verdade ou não. Não altera o facto que ela não quis saber de mim quando precisei do tempo dela, que não foi imparcial quando era a única coisa que esperava dela, que me acusou de enganar as pessoas que me são próximas e de inventar coisas que se passaram mesmo à minha frente e de ter dito para te deixar em paz quando eras tu que tinhas andado a meter-te comigo entre Março e Junho de 2003. Francamente, ela diz-me nada. Não lhe desejo qualquer mal, respeito-a mas não estou interessado em saber nada dela. Disseste que eu lhe devia ter dados os parabéns. Por acaso ela deu-me os parabéns a mim quando fiz 24? Quando fiz 23? Quando fiz 22? Ou quando fiz 21? No Natal de 2002 enviei-lhe uma mensagem de boas festas. Ainda hoje estou à espera de resposta. Para mim, a Ana não é mais do que uma entre todas as mulheres que habitam este planeta. Risquei-a da lista de mulheres que têm algum significado e importância para mim. E acredita, é uma lista longa... Na minha opinião, a mulher é a coisa mais importante que a Mãe Natureza colocou à face da Terra. Para mim, a Ana é assunto encerrado desde Outubro de 2004. Ponto final.