quarta-feira, março 09, 2011

Liberdade de Escolha I

Num post anterior partilhei uma das definições de casal com a qual mais me identifico. Para "nós" crescermos, é fundamental termos sempre presente a condição essencial para que uma relação funcione: aceitar o outro como ele/ela é. Ao fazermos esta escolha, estamos a permitir que o companheiro tenha liberdade de escolha em todos os momentos de partilha e de estímulo que preenchem a vida a 2. Quando eu opto por, num acto de Amor, ajudar a minha companheira a crescer, eu não posso estar a impor-lhe uma mudança; eu devo, se sentir cá dentro que é isso que devo fazer, apresentar-lhe uma ou mais opções sob a forma de estímulos nunca colocando o Amor que nos une como condição de aceitação destas opções. O Amor puro e verdadeiro vive-se através da aceitação do outro, da sua liberdade de movimentos, da sua possibilidade de "não escolher" e continuar a ser quem é sem alterações. Qual é a piada de se estar com uma pessoa que se comporta como um pau mandado que aje em função do que lhe damos e não em função do que sente? Esta é uma das grandes aprendizagens que muitos homens e mulheres têm obrigatoriamente de fazer se pretenderem viver uma vida amorosa plena e saudável.
Ao amar a minha companheira, eu estou a aceitá-la como ela é, estou a dar-lhe espaço para ser quem é e da forma que ela quer. Estou também a dar-lhe uma oportunidade para crescer comigo da mesma forma que dou a mim mesmo uma oportunidade para crescer com ela. Não há nada mais belo do que dois seres diferentes oferecerem entre si a possibilidade de se tornarem melhores, mais completos, mais maduros, partilhando os seus espaços diferentes e aceitando-se a si mesmos.

1 Comments:

Blogger Anónima said...

Gostei muito do que li, e concordo. deviam haver mais pessoas assim como tu.
beijinhos

09/03/11, 21:47  

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