Normalidade
Regressei à normalidade. As férias no Luso com os meus amigos (a melhor coisa do Mundo!) seguidos de uns dias de descanso junto da minha família proporcionaram-me os momentos de paz e tranquilidade que eu merecia e precisava.
É fantástico sentir como as grandes lições que a Vida nos oferece são duras mas recompensadoras. E cada vez mais tomo consciência de que este caminho de aprendizagem está repleto de belas surpresas à espera de serem saboreadas. Amar deveria ser o nosso destino natural. Primeiro, amarmo-nos. Depois, amarmos o próximo: a família, os amigos e o/a companheiro/a. Neste momento, não sinto em mim o desejo nem a necessidade de estar numa relação amorosa com uma rapariga. É normal, tudo deve ocorrer de forma natural. Amar é uma escolha de fazemos, uma escolha que o coração faz de livre vontade. Não podemos forçar o nosso coração a amar (ou não amar) alguém, ele é livre e decide por si mesmo. E da mesma forma, não podemos forçar os corações dos outros a amar; apenas controlamos o que está dentro de nós, nunca o que está fora de nós.
Um exercício que me habituei a fazer em cada instante, antes de cada palavra, em cada pensamento ou tomada de decisão, é avaliar honestamente (ou seja, sendo verdadeiro comigo mesmo), se o que vou fazer vem do meu Coração ou do meu Ego. É muito importante compreender e fazer esta distinção. Sinto que se fizesse esta "validação", chamemos-lhe assim, há mais anos, muitas opções erradas que tomei não teriam sido feitas e a aprendizagem estaria cá dentro à mesma.
Há uma semana atrás lutava contra mim, sentia uma raiva contra mim mesmo por ter deixado passar a oportunidade de conquistar a mulher que Amo até que percebi que estava apenas a alimentar o meu Ego, que queria fazer passar a ideia de que sou perfeito e que este erro foi inadmissível. Quando há Amor, não há espaço para qualquer sentimento negativo; se eu sinto raiva, como posso amar? Se sinto raiva por mim mesmo, onde está o meu amor por mim próprio? E se não sinto amor por mim, como posso amar uma mulher? Hoje olho para isto e rio-me, sinto-me solto e mais maduro. E julgo que não deixarei de ser recompensado.
Não acredito que Deus me fez sentir este Amor por uma mulher, esta força da Natureza avassaladora e imaparável por um Ser, por o todo que ela é, para nada. Não é atracção, não é paixão por uma imagem onírica ou angelical, é Amor por tudo o que ela é, pelo seu todo, pelo seu lado luminoso e pelo seu lado negro. Eu amo-a por inteiro e acredito que, um dia, irei concretizar esse Amor por ela ou por alguém tão bom como ela.
Vou fazer um curso de Reiki. A nossa energia é a nossa vitalidade. Espero assim canalizar e potenciar todo o meu Amor em mim mesmo e nos outros, sempre que for preciso. Dar e receber, a chave da harmonia!
Partilho os 5 princípios do Reiki:
- Hoje, não te zangues sem sintas raiva;
- Hoje, não te preocupes;
- Hoje, sê grato pelas múltiplas bençãos que recebes;
- Hoje, faz o teu trabalho honestamente;
- Hoje, sê gentil com as pessoas e com todos os seres vivos.
Termino partilhando um texto que encontrei no blog "As minhas receitas" com o qual me identifico e ressoa dentro de mim com toda a força da verdade:
"Acredito que na nossa vida nada é ao acaso, mesmo quando assim nos parece. Que os caminhos ou as decisões que tomamos, mesmo quando não são as mais acertados, acabam invariavelmente por nos levar até ao trilho certo. Ultrapassamos obstáculos, caímos em buracos, enveredamos por becos sem saída, mas se formos persistentes e corajosos acabaremos por voltar ao sítio certo. E quando voltamos, estamos sempre mais bem preparados. Porque os arranhões que fizemos, os buracos de onde saímos e as inversões de marcha nos tornaram mais sábios e mais fortes. E são esses desvios do nosso caminho que nos ajudam a conhecermo-nos, a saber o que fazer com a nossa vida, a crescer, a dar importância às coisas realmente importantes. E a conseguirmos seguir o caminho certo. O nosso caminho."
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