sexta-feira, agosto 03, 2007

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É o número de semanas que estarei fora de Lisboa. Finalmente chegou aquela altura do ano em que se sai para outro local para ter as merecidas férias. Bem, no meu caso não são grandes férias mas, pelo menos, saio de ao pé da confusão que é a vida urbana.
Faço questão de aproveitar ao máximo estes dias. Sem contar com o casamento de uma amiga minha (só espero que não esteja este calor horrível...) e com os toques que irei dar na tese, espero tirar algum tempo para reflectir e pensar neste ano de trabalho que passou e projectar o próximo ano que aí vem, o meu primeiro ano inserido no mercado de trabalho. Agora, será a doer! Apenas gosto de reflectir em aspectos profissionais. Ao nível pessoal, acho melhor deixar andar. Como se diz em inglês, let it go... Não valerá a pena perder tempo a pensar naquilo que poderia ter feito, poderia ter dito, poderia ter optado... isso é passado. Como me ensinou a minha mãe, não adianta chover no molhado. Sim, digo isto porque perdí-a. Perdí-a porque demorei tempo demais, porque não avancei logo quando olhei nos olhos dela, rodeados da sua simplicidade, afecto e carinho, e senti aquele toque cá dentro, aquele bater de aviso: "É ela!". Perdi tempo pensando nem sei em quê e deixei-me ultrapassar por alguém que apenas sentiu o mesmo que eu e avançou logo. E assim ganhou. Perdi-a...
Será que sou assim tão idiota para me conter em vez de andar para frente quando tenho a convicção de algo? Talvez tenha de mudar a minha forma de estar, mostrando o que realmente sou.
Daí a minha escolha para a citação de Agosto, dum filme que recomendo a todos aqueles que gostam de dramas que exploram a forma como o amor pode nascer num cenário de pura adversidade:

"Sometimes the greatest journey is the distance between two people"

The Painted Veil
Movie Tagline


Não sei se terei oportunidade de postar algo nestas semanas. Não tenho net na minha outra casa e, para isso, tenho de me deslocar à biblioteca municipal e já me basta ter de lá ir para enviar dados ao meu orientador da tese.

Antes de me despedir, gostaria de deixar um teste a todos aqueles que visitam o meu blog. Algo para pensarem, se preferirem. Quando regressar, quero ver o que têm para me dizer.

Imagina esta situação. Tu estás na rua, no meio dum passeio, parado e à espera que a tua namorada [namorado, no caso de for uma menina a ler] acabe de ver uma montra duma loja. Essa loja pertence a um prédio alto, digamos, não menos de 6 andares que se encontra em pequenas obras no telhado para reparar o tecto. No final do passeio, mesmo ao teu lado, está uma passadeira para atravessar a rua. De repente, por um motivo qualquer, um dos trabalhadores no telhado deixa cair um tijolo e, por uma infeliz coincidência, a sua trajectória é alinhada com o preciso local onde a tua namorada está a observar a montra. Tu reparas no acidente que ocorre no telhado e vês o tijolo a cair e percebes o que vai acontecer a seguir. Por uma ironia terrível, também te apercebes que uma criança (4/5 anos), que está a atravessar a passadeira, vai ser brutalmente atropelada por um veículo automóvel. Tu estás precisamente no meio dos dois, ou seja, à mesma distância de cada um. Se saires da tua posição consegues alcançar qualquer um deles e salvá-lo a tempo. Obviamente, apenas consegues alcançar um deles. Pergunta: o que fazes?

Até à próxima!

1 Comments:

Blogger groingsid said...

Sem qualquer dúvida, salvava a minha namorada. A criança, pese embora seja uma criança, não me é nada directamente, pelo que a escolha emocional, e racional (confesso que ainda pensei um pouco na minha resposta, por causa de teres falado em "teste") é clara. Pelo menos para mim.

Se a criança fosse minha(meu) filha(o), irmã(o) ou qualquer coisa do género, a situação seria bem mais complicada.

Não se podia dar um berro para avisar a namorada?

Grande abraço,
João

09/08/07, 18:42  

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