sábado, maio 21, 2005

A Vingança dos Sith

Na 5ª feira passada fui ver o "Star Wars Episode III - The Revenge of the Sith" com alguns amigos do meu curso e posso afirmar que este filme marcou-me e veio mexer com algumas convicções e ideias que tinha. E agora posso afirmar que nalguns aspectos da minha vida em que tenho andado confuso, reflectindo, já dissipei as minhas dúvidas e tenho decisões tomadas. Mas deixarei isso para o futuro, quando a hora certa chegar.
Eu sempre tive uma grande curiosidade em saber qual o motivo ou motivos que levariam o Anakin a se deixar atrair pelo Lado Negro da Força. E confesso que fiquei espantado com o dito cujo. E isto apenas serve para mostrar, mais uma vez, qual é a maior fraqueza que nós, homens, temos: o medo de perdermos a mulher que amamos. O Anakin deixava-se levar muito pelas emoções, era impaciente, com demasiada fúria (tal como se verificará mais à frente com o filho Luke) mas só a ideia de perder aquela que ele aconchega todos os dias nos seus braços, aquela que carrega o bebé de ambos (ele não sabia que eram dois...), aquela que apenas e só significa tudo e é a coisa mais importante da vida dele, fê-lo enverdar por um caminho cuja palavra mais indicada é monstruoso. Ele traíu os amigos, o seu mestre, os outros mestres Jedis, matou a sangue frio os Separatistas e todos os que eram indesejáveis, incluindo os jovens Padawans, alguns que não passavam de crianças, apenas para supostamente poder obter conhecimento que o Lado Negro oferecia sobre como prolongar a vida humana, visto ele ter previsto num sonho a morte no parto da Padmé (o que não se veio a verificar). Um homem completamente apaixonado, cego pelos seus sentimentos pode fazer muito mal e aquí ficou demonstrado. E não deixa de ser altamente irónico que o sentimento mais puro, mais belo, mais forte que existe - o amor entre um homem e uma mulher - tenha sido o motivo dessa atracção pelo Lado Negro e a posterior destruição provocada. No início referí que este filme marcou-me mas não foi só pelas ideias e conclusões pessoais que dele retirei. A relação entre o Anakin e a Padmé impressionou-me bastante não só por alguns motivos já por mim mencionados mas também por tudo o que eles os dois construíram. O amor deles era algo de muito forte, de tal forma que não se importaram de quebrar todas as regras para o viverem a dois, sem interferências. Era uma relação muito mais impressioante que a que terá a filha deles, a Leia com o Han Solo. E assim se explica aquele grito de dor e revolta que o Anakin dá após se tornar Darth Vader, saber da suposta morte dela. E confesso que fiquei com pena da Padmé... já sabia que ela acabaria por morrer mas não com tanto sofrimento psicológico; ver o homem que ama tornar-se um monstro. Já agora também tenho pena, por no final do episódio 6, quando o Anakin regressou ao lado bom da Força, ele falar ao Luke e dizer algo para a Leia mas não fazer qualquer referência à Padmé. De certeza que ele a reencontrou a seguir, a sua verdadeira razão para viver e ela esperou sempre por ele. De recordar que, após o parto das crianças, ela afirmou, tal como o Luke fará no episódio 6, que ainda resta algo de bom no Anakin. E isso veio a verificar-se. E, apesar de tudo o que se passou, ele é de facto o Escolhido. É ele quem destrói o Imperador Palpatine ou, se se preferir, o Darth Sidious, e restaura o equilíbrio da força, eliminando praticamente de vez a ameaça dos Sith. Razão teve Qui-Gon Jinn 36 anos antes e é por este motivo que esse episódio se chama "The Return of the Jedi".

Principal conclusão que retiro do filme: o amor forte quando combinado com medo e ódio pode produzir actos muito maus com resultados catastróficos aos quais apenas a vingança fornece a resposta adequada: justiça.
No futuro, não serei imprudente...

domingo, maio 15, 2005

Espectativa

Bem, o Benfica ganhou ao Sporting e está a um ponto do título. Espero bem que não só seja campeão como jogue com consistência no Bessa e que ganhe o jogo. Jogar para o empate, além de ser podre, não tem garantias de sucesso pois o Boavista bem pode acabar por ganhar pois, bem vistas as coisas, não tem nada a perder...
E já agora, só mais uma consideração: os festejos de ontem não têm qualquer razão de ser. Ainda não ganhámos nada. E para se fstejar uma derrota do Sporting (:D) não é preciso andar a dar buzinadelas a noite toda e a encher o Marquês de Pombal.

segunda-feira, maio 09, 2005

Reciprocidade

"Reciprocidade" - Do latim reciprocitate; qualidade do que é recíproco.

"Recíproco" - Do latim reciprocu; mútuo, permutado, que se troca entre duas pessoas ou objectos.


Existem dois aspectos fundamentais, entre muitos outros, que definem um ser humano como pessoa e na interacção com os outros: qual o nosso comportamento/atitude perante uma asneira ou conjunto de asneiras por nós cometidos e qual o caminho que tomamos para atingir o sucesso em algo de concreto (do ponto de vista pessoal, profissional, amoroso,...). Nestes dois pontos, falo por aquilo que sou e como me comporto com os outros: em relação ao primeiro, admito sempre os meus erros e aceito pagar o preço a eles relativo seja ele qual for pois, de certeza, que será merecido; para o segundo, procuro sempre seguir os caminhos correctos, os da dignidade, da verdade, sem atropelar ninguém, assegurando que tudo o que consigo atingir é fruto do meu esforço e não de actos com vista a prejudicar terceiros apenas para benefício pessoal.
E é aquí que entra o título do post de hoje: reciprocidade. E o que pretendo dizer com isto? Muito simples: esta palavra exprime de uma forma extremamente simples a minha forma de estar, encarar e conviver com todos os que me rodeiam. Quem me conhece, sabe que para aqueles que me tratam bem, eu respondo de igual forma... geralmente penso sempre primeiro nos outros e depois em mim e dou o que tenho sem esperar nada em troca. Nunca fui materialista nem egoísta na forma de agir. E da mesma forma determinada eu trato quem tem atitudes porcas comigo (e quem lhes dá cobertura e apoio). Assim como eu sou carinhoso e amigo de quem o é comigo, também eu sou brutal e cruel com quem comete o erro suicida de me amachucar e lixar. E custa ter de agir assim... mas só desta forma é que consigo merecer respeito e fazer valer a minha razão. Há quem julgue que eu deva ter nascido à 23 anos atrás com uma placa a dizer "otário de serviço" pendurada ao pescoço e como tal, podem fazer o que quiserem por interesse ou por diversão que eu engulo e não respondo. Nada de mais errado! Eu respondo... mas não no imediato.

"...observing and recording, but never interfering. We know the truth..."