domingo, janeiro 30, 2011

Quem não luta pelo que quer, não merece o que deseja

Acabei de ler há pouco este texto e sinto-me totalmente liberto, sem um peso em cima de mim... O medo apenas é real se nós acreditarmos nele; a verdade é, quantas vezes é que nos deixamos acreditar na inevitabilidade do falhanço e nos enchemos de medo? E quantas vezes isso nos impede de chegar mais longe, de alcançar os nossos SONHOS?

sábado, janeiro 29, 2011

Desafio

Hoje proponho o seguinte: e se em vez de olharmos para os problemas, os obstáculos e os impedimentos aos nossos planos como azares e "conspirações" contra o nosso mundo perfeito, os encarássemos como um desafio para nos ajustarmos a uma nova realidade, uma oportunidade para aprender, para crescer e para amadurecer?
Aqui deixo esta sugestão para reflectir.


Estes últimos dias têm sido profícuos em lições e dádivas que a Vida escolheu para mim. Sinto-me abençoado. E vou retribuir aproveitando o melhor que sei e oferecendo sem esperar receber em troca. Amo a Vida!

terça-feira, janeiro 25, 2011

Crescer a 2

Tirando o universo da Matemática, onde a frieza dos números demonstra sempre a diferença entre o que está certo e o que está errado, em todos os outros universos não há verdades absolutas. Pelo menos, é esta a minha convicção que se reflecte na forma como encaro e vivo neste nosso mundo. No que diz respeito ao Amor, então todos temos razão naquilo que dizemos, pensamos e sentimos, mesmo que tenhamos pontos de vista diferentes.
Nesta dimensão podemos incluir a definição de "casal". O que é um casal? Pois bem, tirando a visão romântica de todos os apaixonados que vêem tudo num casal como estando à volta do Amor, na verdade, olhando para o que é um casal, os psicólogos têm apresentado diversas definições que permitem encaixar a beleza de dois seres que estão juntos. Pessoalmente, revejo-me numa definição baseada no que li nalguns livros do Jorge Bucay e de outros autores: um casal são dois seres que se escolhem e decidem crescer juntos.
Tão simples, não é? Mas também tão completo e complexo. Duas pessoas que decidem crescer juntas... Isto pode parecer redutor mas, se olharmos com atenção, não é o que acontece? Um casal é composto por duas pessoas diferentes que têm valores, pontos de vista, interesses e gostos em comum (que é o que potencia a sua atracção mútua) mas que também têm valores, pontos de vista, interesses e gostos diferentes entre si e que são a chave para o crescimento individual de cada um e o crescimento dos dois enquanto casal.
Como se explica isto? Para que uma relação amorosa funcione ou, se preferirmos, para que o Amor que une as duas pessoas flue naturalmente e em harmonia, é indispensável que cada um dos membros do casal esteja incondicionalmente disposto a permitir ao outro ser como é. Ao deixarmos o outro ser como é, estamos a permitir que ele se apresente em estado puro, o que nos deixará entrar em contacto com todas as partes do seu Ser, incluindo as boas e as más. E é através do contacto com as coisas más que erramos (sim, "erramos" no plural porque num casal não há o "eu" e o "tu", há apenas o "nós"), que nos é dada a oportunidade de reconhecer esses erros, de aprender com eles e, consequentemente, de crescer e amadurecer. E é assim que se vive a maravilha do viver e crescer a 2.
Eu cresço porque erro e tu ajudas-me a identificar o meu erro e mostras-me como o corrigir. Ao fazê-lo, estou a tornar-me uma pessoa mais completa e o nosso casal torna-se mais integrado.
Agora, o grande problema está em dar espaço e liberdade para o outro ser como é. Quantas relações vão por água abaixo por eu não deixar o outro ser ele próprio porque quero que ele seja aquilo que eu quero que ele seja ou, pior ainda, aquilo que eu sou? Que tipo de crescimento pode haver num casal se um dos membros for igual ao outro? Qual é o território desconhecido que se dá a descobrir? Qual é a mais-valia? Obviamente, nenhum! Os dois membros anulam-se, não crescem, ficam no mesmo lugar para o resto da vida...
Não tenhamos medo de conhecer e aceitar as diferenças do outro pois são elas a verdadeira riqueza do crescer a 2. O ser-se diferente é uma oportunidade para integrar e viver algo que não temos, para partilhar e crescer com o Amor que une duas pessoas maravilhosas.
É esta a grande diferença que distingue as pessoas que estão preparadas para um relacionamento amoroso sério e em pleno das que não estão. E quando será que estas pessoas se irão aperceber disto e terão consciência de que a responsabilidade do fracasso das suas relações não está exclusivamente do lado dos seus companheiros mas também dentro de si, que a raíz do problema está no seu interior e que a solução está mesmo à frente dos seus olhos?

domingo, janeiro 23, 2011

Nada acontece por acaso

Ontem, reparei num horóscopo a seguinte dica para os nativos de Carneiro: "Repense melhor o percurso afectivo que tem vindo afazer com o seu amor". Curioso é que, ao longo do dia, não senti nada que me fizesse reflectir sobre a minha vida amorosa. Claro está, e isto é algo que eu já sei de há muito, é que nada acontece por acaso e que a Vida encontra sempre uma forma de nos mostrar aquilo que precisamos de ver: encontrei um antigo colega dum curso de formação que já não via há quase um ano e que é psicólogo. Foi importantíssimo ter trocado umas palavras com ele; várias questões que estavam enubladas viram-se iluminadas e o Caminho que se me parecia na escuridão ficou claro.
Nada mas mesmo nada acontece por acaso. Obrigado Aires!

quarta-feira, janeiro 19, 2011

Medo de Perder


Há uns anos escrevi um post com este mesmo título. Na altura, as minhas motivações para a dissertação que escrevi (reli há pouco esse post e tremi com a constatação de que a verdade por mim descrita há 5 anos atrás estar tão viva e válida como hoje) prendiam-se com as acções que tomamos baseadas no medo de perder algo ou alguém. No meu último post refiro-me ao oposto: ao não tomarmos acções por medo de perdermos alguém.
Olhando assim de repente, parece aquela história de ser-se preso por ter cão e ser-se preso por não ter... Mas, olhando bem, as coisas não são assim tão complicadas. O medo de perder apenas é real se acreditarmos que é real. E isso não tem qualquer relação com uma acção ou a ausência dela. O ter medo de perder apenas existe no nosso consciente porque vivemos na presunção de que somos donos, de que estamos na posse de algo ou alguém. Nada mais errado; não somos donos de nada, nem sequer do nosso corpo! Se formos capazes de dar o passo fundamental que é o de aceitar que não somos donos de nada do que nos rodeia (pessoas, objectos, títulos,...), ou seja, sentirmos um desapego genuíno por tudo, então o medo de perder deixa de fazer qualquer sentido. Teríamos medo de perder... o que não possuímos? Não faz qualquer sentido, não é verdade?
Por estranho que possa parecer, aceitar esta verdade é como tirar um fardo de cima de nós. Liberta-nos, permite o Amor fluir naturalmente. Sem o medo de perder deixaremos de ficar presos a preconceitos e ideias pré-concebidas e seremos capazes de agir naturalmente. E, quando assim for, não corremos o risco de perder nada; bem pelo contrário, corremos o risco de ganhar tudo.

sábado, janeiro 08, 2011

Desapego

Falar. Algo tão simples. Usar a nossa capacidade de comunicar usando os sons que produzimos através das nossas cordas vocais. Muitos relacionamentos amorosos vão por água abaixo precisamente porque os dois parceiros não falam entre si, não comunicam. Têm medo de partilhar as suas ideias, as suas dúvidas, as suas alegrias pois julgam que estão a dizer algo que desagradará ao outro e, assim desta forma, tentam não criar motivos para confrontos. Nada mais errado; a comunicação é essencial num casal. Cair no erro de tentar adivinhar o que vai na cabeça do outro tem um preço demasiado caro. Há algo mais belo do que partilhar aquilo que sentimos com a pessoa com quem temos uma relação de Amor?
Não interessa o que temos para falar; falemos apenas, sem medo. Se não falamos porque temos medo de perder o(a) parceiro(a), então vamos mesmo perdê-lo(a). Se falamos o que nos vai na alma sem medo de o(a) perder mas sabendo que tal pode suceder ("desapego"), então nunca o(a) perderemos pois estaremos a ser genuínos e sinceros com a pessoa que nos ama e que amamos. O Amor é para ser construído a dois. Não tenhamos medo de dar os passos necessários nessa construção!


"Não te aflijas antes do tempo pois afliges-te inutilmente"
Martha Gómez
Citação Pessoal

segunda-feira, janeiro 03, 2011

Os Pilares da Existência (VIII)

Tudo aquilo que tem um princípio, tem um fim. Esta verdade é válida para tudo o que existe na Vida, a começar pela própria Vida! E qual é o fim da Vida senão a Morte? Tradicionalmente, a forma como encaramos a Morte depende muito da nossa educação, das regras sociais e religiosas da sociedade em que nos inserimos. Sempre ligada a vários tabus, a Morte não é mais do que algo tão natural como respirar, alimentar, sentir, amar... Nenhum Ser vivo é imortal e nós não somos excepção. Como tal, aceitar que a Morte chegará um dia é a prova suprema do desapego com que devemos encarar a nossa existência, o nosso dia-a-dia. Aproveitar o melhor e o pior que a Vida nos dá, é a melhor recompensa que podemos oferecer a nós próprios antes que a Morte nos olhe nos olhos e nos leve. E quando esse momento acontecer, não deveremos ter medo de dar o passo em frente com um sorriso genuíno e luminoso na cara porque a nossa Vida, porque o Viver, vale a pena!