quarta-feira, julho 26, 2006

Ponto Final, II

Agora nós. Tu deves recordar-te bem do que se passou em Outubro de 2002 e Junho de 2003. De facto, devemos ser as únicas pessoas que sabem o que se passou em concreto visto que tu não contaste como é que tudo realmente aconteceu e as pessoas de confiança, incluindo os meus pais, com quem desabafei, muito provavelmente, já não se lembram.
Por momentos, põe-te no meu lugar. Se eu te tivesse feito o que tu me fizeste, também te passavas da cabeça, não? Mas tal como escrevi várias vezes neste blog, só as pessoas estúpidas é que recorrem à violência para resolver os seus problemas. Mas o facto de não se recorrer à violência não é sinónimo de “come e cala”. Neste caso em particular, eu tinha três hipóteses em particular: ou esquecia, ou ia atrás de ti ou fazia outra coisa qualquer como resposta. Ora, ir atrás de ti é algo que não fazia, nem faz, qualquer sentido. Além de ser uma acção sem pés nem cabeça, que ganhava eu com isso? Não resolvia nenhum problema, arranjava mais problemas e manchava a minha imagem junto de todas as pessoas. Esquecer? Nem pensar… alguma vez eu podia esquecer assim de qualquer maneira que me tinhas calcado? Foi então que constatei algo que me estava a escapar. Eu lido com as pessoas de acordo com o princípio da reciprocidade que estabelece que eu ajo de forma a que as pessoas se façam sentir da mesma forma que me fazem sentir com as acções delas. Por isso, só havia um caminho a seguir. Que caminho é esse, perguntas tu? Bem, lembras-te das últimas palavras que trocámos da última vez que falámos um com o outro, no dia 30 de Junho de 2003?

smeogal> e tb n kero k tejas a falar de mim a susy
Crazyzed> pq n queres?
Crazyzed> é algum mal
smeogal> pq s keres k saiba o meu nome nao e joao
Crazyzed> tipo
smeogal> nem moro ao pe de ti
smeogal> so ando a gozar com a tua cara a bue
Crazyzed> a serio
smeogal> pq tu es 1 palhaço
Crazyzed> e julgas que n sei isso desde o principio
Crazyzed> (Watch) Smeogal (auume@127.13.12.106) logged in.
Crazyzed> (Watch) referee18 (auume@127.13.12.106) logged out.

Crazyzed> pensas que ando a dormir ou o quê?
smeogal> e a andas a melgar cm o caralho

E como conseguiria eu fazer-te sentir da mesma forma que me fizeste sentir a mim? Simples. Tu sabias que eu tinha ficado revoltado pelo que se tinha passado. Então, decidi dar a entender que não tinha esquecido e criei a ilusão de que me estava a preparar para responder proporcionalmente às tuas acções. Primeiro, comecei por falar sobre temas gerais sobre verdade, vingança, resposta. Falei sobre notícias que li nos jornais sobre pessoas injustiçadas e que decidiram responder à sua maneira. Fiz referência à mais conhecida e famosa história de vingança que existe: “O Conde de Monte Cristo”. (Só aqui entre nós, considero as atitudes vingativas como o cúmulo perfeito da estupidez humana e nas quais não me revejo). Ao fim dum certo tempo achei que tinha chegado a altura de abrir o jogo. A 17 de Outubro de 2005 publiquei o cenário que tinha imaginado como a resposta perfeita: “Não necessariamente”. Muito francamente, não sei se julgaste que o conteúdo tinha algum fundo de verdade ou não. As personagens lá colocadas são fictícias mas baseadas em figuras reais (consegues lá identificar a que te representa?). A partir deste momento limitei-me a ir adicionando mais cenas, a ver quando é que dizias alguma coisa.
Antes de continuar, um momento de reflexão: se eu quisesse fazer alguma coisa, andaria eu a contar em voz alta e a demorar tanto tempo para agir? Nós somos latinos, não perdemos tempo com tretas, tal como tu exemplificaste muito bem. Limitei-me a gozar contigo da mesma maneira como tu fizeste comigo. Mas, ao contrário de mim, tu não te apercebeste, pois não? Isso prova-se pelo conteúdo do teu 1º comentário ao post de 4ª feira.
Mas já lá vamos. Agora aproveito para revelar outra coisa. Acabei de dizer que me apercebi quando andaste a meter-te comigo. Quando de fizeste passar por outra pessoa em Março de 2003, eu já sabia que eras tu e não outra pessoa qualquer. E como soube isso? Simples, porque a personagem que usaste estava ligada à rede da PTnet pelo mesmo IP que tu momentos antes e o sistema acusou a mudança de nick, mantendo o mesmo IP. Sabias que o IP é a “impressão digital” dum computador numa rede, não havendo dois computadores com o mesmo, visto que tal é computacionalmente impossível. Sendo eu estudante de Eng.ª Informática, não achas que devias ter antecipado este pormenor?
Como nunca mais dizias nada, decidi fazer o post de dia 19, obviamente falso.
Mas agora, ao contrário do que afirmas no comentário, eu vou provar que já tinhas vindo há muito mais tempo ao blog e que andavas a segui-lo regularmente. Por outras palavras, aldrabaste. O que não é novidade para ti, pois não? Quando eu comecei com estes posts, eu sabia que mais tarde ou mais cedo acabarias por lá aparecer. Mas eu tinha que ter a certeza disso. Desde Dezembro de 2004 que eu tenho um hit counter embebido no código do blog o que me permite monitorizar todos os acessos feitos. Eu acho altamente improvável que algum dos teus amigos se tenha interessado minimamente pelo blog. Em todo o caso, acredito em ti. Um deles deve ser um que já acedeu ao blog perto de 180 vezes, usando como ISP o Sapo ADSL tendo mudado recentemente para OniDuo. Como é que eu sei que não é um amigo meu? Porque nenhum dos meus amigos usa o Internet Explorer como browser. Outro dos teus amigos deve ser aquele que em Julho/Agosto do ano passado ia visitar o meu blog nas mesmas alturas em que visitava o blog do MJPQ, a partir dum computador ligado na rede da EPAL. Como é que garanto? Porque os IPs eram iguais e os dias de entrada os mesmos, por vezes com uma diferença de poucos segundos entre os dois. Por acaso, gostava de saber quem era essa pessoa que sabia o endereço de cor, ou seja, fazia o acesso directamente sem recorrer a uma busca num motor de busca... E tu, nunca tinhas visto o meu blog antes de 6ª feira? Engraçado, porque reparei em vários acessos feitos a partir de computadores ligados à rede da Fac. de Economia da UNL, quando não tenho qualquer amigo meu a frequentar esta faculdade... E talvez também me possas explicar como é que o IP do computador que usaste para escrever o comentário de 6ª feira também tem uma panóplia de acessos desde há mais tempo, incluindo na altura em que apareceram os comentários no post “cadeiras e sonho”. Para um comentário és anónimo e para outro já te identificas? Não admira que na 2ª feira tenhas dito que concordavas com eles...
Estás a ver? A imagem que tentas passar de alguém que ficou muito indignado com o que escrevi não cola. Tu já andavas a seguir o blog há mais tempo. Se achavas que eu estava a fazer bluff, porque continuaste a visitá-lo? E porque só falaste quando eu disse que a “contagem decrescente” já tinha começado?
Sou um homem de palavra. Quando me comprometo com uma coisa, cumpro sem reservas. Se disse que não pretendo fazer-te nada, estou ser sincero. Neste momento tens uma imagem minha dum tipo perturbado, estranho e doente, não é? Pois, essa é precisamente a imagem que dou a passar com isto. Mas só tu é que vês assim, pois todas as outras pessoas que acedem ao blog sabem à muito tempo que ando a gozar literalmente contigo e ligam apenas aos outros posts. Quem perde tempo a conhecer-me e a dar-me uma oportunidade de amizade, fica a saber bem o que esperar de mim. Eu não ando em conflito com ninguém nem comigo mesmo. Sou teimoso, às vezes um pouco chato mas não ando atrás de ninguém para o/a magoar. Achas que isto tudo perturbou o meu curso? Enganas-te, ajudou-me foi a combater o stress que ele causa. E por falar no meu curso, lembrei-me de outro aspecto. Hás-de reparar que, em tudo o que escrevi, nunca me desviei para assuntos paralelos. Em momento algum disse algo que pusesse em causa ou ofendesse outros aspectos da tua vida ou as pessoas à tua volta. O teu pai foi uma mera coincidência; quando houve aquela tourada de saber se o Simão tinha ou não agredido o Alex no Benfica – V. Guimarães de há 2 épocas, apenas me chamou a atenção o apelido do árbitro auxiliar que estava em cima do lance, nada mais. Achei que não era coincidência. Mas não disse nada de errado, pois não? No entanto, tu decidiste no teu comentário puxar outro assunto que não tinha nada a ver com isto. Qual é o problema de eu falar da minha performance na faculdade? A minha principal ocupação é ser estudante e é normal que faça referências a ela de vez em quando. Sentes-te incomodado com as minhas notas, por elas serem superiores às que tiras neste momento? Se calhar é porque nunca viste o meu currículo. Mas como podes ver aqui, não sou nenhum aluno fora do vulgar e tenho notas como as tuas. Apenas falo destas porque são as que irão definir a minha média do mestrado. Não devias ter falado nisto, não era para aqui chamado. Nunca me viste nem virás escrever nada sobre o facto de seres acólito ou árbitro, de teres um carro para ti e eu não, de teres tido explicações de matemática no 12º ano ou por eu ter-te visto uma vez a conduzir o A4 dos teus pais e a fazer a curva mesmo em frente à minha casa enquanto estavas a mexer no telemóvel com a mão esquerda... Coisas destas não interessam. Nunca mais quererei saber de disto para nada. Nem a falar neste assunto. Para mim, morreu tudo hoje. Tratei-te como me trataste. Assunto encerrado. Mas, antes de terminar, já que não gostaste do facto de eu não ter dado os parabéns à rapariga, permite-me que te os dê pelos teus 21 anos feitos, presumo eu, com toda a alegria e felicidade no passado dia 11 de Junho.
Não andei a investigar-te. Tenho mais que fazer do que andar a brincar à PJ. Apenas quis saber o tipo de pessoa com quem estava a lidar, nada mais.
Para mim, esta embrulhada acabou. Ponto Final. No entanto, permite-me que te dê três conselhos antes de terminar:
1 – Nunca subestimes os teus adversários, especialmente se não sabes a forma de agir deles, pois são sempre mais inteligentes do que parecem;
2 – Não inventes tretas para esconder as tuas próprias asneiras. A sinceridade é a melhor solução em qualquer situação;
3 – Nunca mais faças a ninguém o que fizeste a mim. Nem toda a gente é tão benevolente como eu.

segunda-feira, julho 24, 2006

Ponto Final, I

Acho engraçado, para não dizer mesmo irónico, que me chames maquiavélico. Isto vindo duma pessoa que teve um conjunto de atitudes e que, para as esconder, mentiu descaradamente à namorada duas vezes no espaço de 9 meses. Mas já lá vamos.
Acho incrível que, ao fim deste tempo todo, ainda julgues que eu estava interessado na Ana. Se tiveste a percepção que eu gostava dela há 4 anos atrás assim como julgaste que eu andei estes últimos tempos a preparar alguma coisa contra ti, deixa-me que te diga que me conheces muito mal. Eu não tinha namorada na altura, assim como não tenho hoje, mas não vivo obcecado com isso, para desilusão de muitas amigas minhas que andam sempre a chatear-me a cabeça com isso. As coisas acontecem quando têm de acontecer e não há nada que possa ser feito para as contrariar. Quando voltei a ver a Ana em 2002, houve duas ideias que me vieram logo à mente: ela era uma mulher comprometida e ela não era o tipo de mulher que procurava. Eu e ela temos gostos, pontos de vista e uma forma de estar completamente diferente. Da primeira vez que a vi, pensei: "Ela não é quem eu estou à procura". Que decidi fazer? Bem, quis que a Ana tivesse na minha vida o mesmo papel que as outras pessoas que nela já estão têm: alguém importante em quem eu pudesse confiar e contar em qualquer altura. Foi com estes pressupostos que decidi dar-me com ela. Até eu perceber o que tu pensavas. Ainda hoje estou para perceber onde é que foste buscar a ideia de que eu te queria roubar a miúda. Não me digas que era pelos mails que lhe escrevi... Achas que andava a fazer-me a ela apenas por usar palavras simpáticas e carinhosas? Sabias que a forma como escrevi à Ana é precisamente da mesma forma com que escrevo a todas as minhas outras amigas? Engraçado... nunca nenhuma achou que eu andava a ter alguma atitude incorrecta nem nenhum dos respectivos namorados achou que eu estava a "esticar-me"… Em relação à Ana, confesso que fiquei espantado, se não mesmo impressionado com a postura dela. Posso afirmar que tenho um misto de tristeza e mágoa derivado das palavras e da sua postura. Uma coisa que nunca percebi bem foi se ela apenas se limitou a acreditar em ti e assumiu que era verdade o que saia da tua boca ou se sabe o que realmente aconteceu e te protegeu. Neste momento é irrelevante. Assim como também é irrelevante essa informação que me dás a conhecer de que já não andas com ela. Não aquece nem arrefece. É-me igual, independentemente de estares a falar verdade ou não. Não altera o facto que ela não quis saber de mim quando precisei do tempo dela, que não foi imparcial quando era a única coisa que esperava dela, que me acusou de enganar as pessoas que me são próximas e de inventar coisas que se passaram mesmo à minha frente e de ter dito para te deixar em paz quando eras tu que tinhas andado a meter-te comigo entre Março e Junho de 2003. Francamente, ela diz-me nada. Não lhe desejo qualquer mal, respeito-a mas não estou interessado em saber nada dela. Disseste que eu lhe devia ter dados os parabéns. Por acaso ela deu-me os parabéns a mim quando fiz 24? Quando fiz 23? Quando fiz 22? Ou quando fiz 21? No Natal de 2002 enviei-lhe uma mensagem de boas festas. Ainda hoje estou à espera de resposta. Para mim, a Ana não é mais do que uma entre todas as mulheres que habitam este planeta. Risquei-a da lista de mulheres que têm algum significado e importância para mim. E acredita, é uma lista longa... Na minha opinião, a mulher é a coisa mais importante que a Mãe Natureza colocou à face da Terra. Para mim, a Ana é assunto encerrado desde Outubro de 2004. Ponto final.

quarta-feira, julho 19, 2006

And so it begins

A contagem decrescente começou. E não há nada que possa ser feito para a parar.
Primeiro, testaram-me a paciência.
Agora, vou eu testar a vossa resistência.

segunda-feira, julho 17, 2006

Calor

Sábado. 16:00 da tarde.
Calor. Muito Calor. Dizem os senhores da metereologia que estavam 37 graus em Lisboa.
E onde estava eu? Na cave do edifício das novas licenciaturas, no lab 1, a brincar com a Edge-Box da Critical Software, fazendo o projecto de Redes II.
Cada um tem aquilo que merece...

domingo, julho 09, 2006

Portugal

Portugal terminou a sua presença no Mundial com um 4º lugar. Tendo em conta que estiveram presentes 32 selecções, pode-se dizer que foi um resultado bastante positivo. Pena é que ainda não tenhamos uma mentalidade mais vencedora para irmos mais longe. A Holanda é um pais mais pequeno que nós e tem um campeonato da Europa e foi finalista duas vezes dum campeonato do mundo. Sintomático.
Portugal teve momentos muito bons neste mundial. O jogo com a Inglaterra foi brutal. E digo porquê: porque a selecção nacional personificou a minha linha de actuação. Mesmo com mais um em campo, Portugal demonstrou o que é saber levar o adversário ao desespero.
Primeiro, deixou a Inglaterra tomar conta do jogo, dando-lhe a iniciativa. Depois, com mais um em campo, começou a controlar mas sem criar perigo, dando a ideia que não era capaz de marcar golos. Após os 90 minutos, entrou-se em prolongamento onde se manteve a mesma toada de jogo. O mais incrível foi que Portugal deu a ilusão que iria perder e a Inglaterra ficou com a ilusão que já tinha ganho... No momento certo, a selecção ainda foi mais sádica: falhou dois penáltis. Os ingleses pensaram que já estava no papo. Até que... a histório mudou. E, com o timing certo, eles foram aniquilados! Brilhante! Soberbo!
Damos ao adversário a ilusão que não conseguimos dar a volta e que já perdemos... E no momento certo, aniquilámo-los! Toda a arrogância deles foi destruída! Isto é que é jogar a sério!
E na vida real, há coisas semelhantes que também estão a acontecer e, num futuro muito próximo, vão entrar na fase do desempate por penáltis.


P.S. Gostava de saber porque motivo é que todos os semestres tenho uma cadeira a qual é a que estudo mais e acabo sempre por me lixar na 1ª época e tenho de ir à 2ª... E o mais curioso é que para o de 2ª época estudo rigorosamente o mesmo que estudei para o 1º e acabo por passar... O semestre passado foi com Algoritmos e Aplicações de Segurança; este semestre é com Sistemas Distribuídos. Mas que merda! Logo agora que queria ficar livre para me concentrar no projecto de Redes II e na liquidação das contas da Sinfo, ainda tenho de estudar para um exame dia 19 de Julho! ARGH!! Sim, porque a Sinfo já pagou as contas todas mas ainda nos devem guito... Mais concretamente, a Deloitte, a Rumos e o próprio IST derivado do patrocínio do BPI. Mas que falta de respeito...
E também tinha umas cenas programadas com umas AMIGAS minhas... Ai, ai, ai...

domingo, julho 02, 2006

Julho

Depois do teste de Redes II, faço um pequeno comentário à vitória brutal de Portugal de ontem à tarde. Por agora, a minha escolha para Julho:


"It's mercy, compassion, and forgiveness I lack; not rationality."

Uma Thurman - "The Bride"
Kill Bill: Volume 1