Ponto Final, II
Agora nós. Tu deves recordar-te bem do que se passou em Outubro de 2002 e Junho de 2003. De facto, devemos ser as únicas pessoas que sabem o que se passou em concreto visto que tu não contaste como é que tudo realmente aconteceu e as pessoas de confiança, incluindo os meus pais, com quem desabafei, muito provavelmente, já não se lembram.
Por momentos, põe-te no meu lugar. Se eu te tivesse feito o que tu me fizeste, também te passavas da cabeça, não? Mas tal como escrevi várias vezes neste blog, só as pessoas estúpidas é que recorrem à violência para resolver os seus problemas. Mas o facto de não se recorrer à violência não é sinónimo de “come e cala”. Neste caso em particular, eu tinha três hipóteses em particular: ou esquecia, ou ia atrás de ti ou fazia outra coisa qualquer como resposta. Ora, ir atrás de ti é algo que não fazia, nem faz, qualquer sentido. Além de ser uma acção sem pés nem cabeça, que ganhava eu com isso? Não resolvia nenhum problema, arranjava mais problemas e manchava a minha imagem junto de todas as pessoas. Esquecer? Nem pensar… alguma vez eu podia esquecer assim de qualquer maneira que me tinhas calcado? Foi então que constatei algo que me estava a escapar. Eu lido com as pessoas de acordo com o princípio da reciprocidade que estabelece que eu ajo de forma a que as pessoas se façam sentir da mesma forma que me fazem sentir com as acções delas. Por isso, só havia um caminho a seguir. Que caminho é esse, perguntas tu? Bem, lembras-te das últimas palavras que trocámos da última vez que falámos um com o outro, no dia 30 de Junho de 2003?
smeogal> e tb n kero k tejas a falar de mim a susy
Crazyzed> pq n queres?
Crazyzed> é algum mal
smeogal> pq s keres k saiba o meu nome nao e joao
Crazyzed> tipo
smeogal> nem moro ao pe de ti
smeogal> so ando a gozar com a tua cara a bue
Crazyzed> a serio
smeogal> pq tu es 1 palhaço
Crazyzed> e julgas que n sei isso desde o principio
Crazyzed> (Watch) Smeogal (auume@127.13.12.106) logged in.
Crazyzed> (Watch) referee18 (auume@127.13.12.106) logged out.
Crazyzed> pensas que ando a dormir ou o quê?
smeogal> e a andas a melgar cm o caralho
Antes de continuar, um momento de reflexão: se eu quisesse fazer alguma coisa, andaria eu a contar em voz alta e a demorar tanto tempo para agir? Nós somos latinos, não perdemos tempo com tretas, tal como tu exemplificaste muito bem. Limitei-me a gozar contigo da mesma maneira como tu fizeste comigo. Mas, ao contrário de mim, tu não te apercebeste, pois não? Isso prova-se pelo conteúdo do teu 1º comentário ao post de 4ª feira.
Mas já lá vamos. Agora aproveito para revelar outra coisa. Acabei de dizer que me apercebi quando andaste a meter-te comigo. Quando de fizeste passar por outra pessoa em Março de 2003, eu já sabia que eras tu e não outra pessoa qualquer. E como soube isso? Simples, porque a personagem que usaste estava ligada à rede da PTnet pelo mesmo IP que tu momentos antes e o sistema acusou a mudança de nick, mantendo o mesmo IP. Sabias que o IP é a “impressão digital” dum computador numa rede, não havendo dois computadores com o mesmo, visto que tal é computacionalmente impossível. Sendo eu estudante de Eng.ª Informática, não achas que devias ter antecipado este pormenor?
Como nunca mais dizias nada, decidi fazer o post de dia 19, obviamente falso.
Mas agora, ao contrário do que afirmas no comentário, eu vou provar que já tinhas vindo há muito mais tempo ao blog e que andavas a segui-lo regularmente. Por outras palavras, aldrabaste. O que não é novidade para ti, pois não? Quando eu comecei com estes posts, eu sabia que mais tarde ou mais cedo acabarias por lá aparecer. Mas eu tinha que ter a certeza disso. Desde Dezembro de 2004 que eu tenho um hit counter embebido no código do blog o que me permite monitorizar todos os acessos feitos. Eu acho altamente improvável que algum dos teus amigos se tenha interessado minimamente pelo blog. Em todo o caso, acredito em ti. Um deles deve ser um que já acedeu ao blog perto de 180 vezes, usando como ISP o Sapo ADSL tendo mudado recentemente para OniDuo. Como é que eu sei que não é um amigo meu? Porque nenhum dos meus amigos usa o Internet Explorer como browser. Outro dos teus amigos deve ser aquele que em Julho/Agosto do ano passado ia visitar o meu blog nas mesmas alturas em que visitava o blog do MJPQ, a partir dum computador ligado na rede da EPAL. Como é que garanto? Porque os IPs eram iguais e os dias de entrada os mesmos, por vezes com uma diferença de poucos segundos entre os dois. Por acaso, gostava de saber quem era essa pessoa que sabia o endereço de cor, ou seja, fazia o acesso directamente sem recorrer a uma busca num motor de busca... E tu, nunca tinhas visto o meu blog antes de 6ª feira? Engraçado, porque reparei em vários acessos feitos a partir de computadores ligados à rede da Fac. de Economia da UNL, quando não tenho qualquer amigo meu a frequentar esta faculdade... E talvez também me possas explicar como é que o IP do computador que usaste para escrever o comentário de 6ª feira também tem uma panóplia de acessos desde há mais tempo, incluindo na altura em que apareceram os comentários no post “cadeiras e sonho”. Para um comentário és anónimo e para outro já te identificas? Não admira que na 2ª feira tenhas dito que concordavas com eles...
Estás a ver? A imagem que tentas passar de alguém que ficou muito indignado com o que escrevi não cola. Tu já andavas a seguir o blog há mais tempo. Se achavas que eu estava a fazer bluff, porque continuaste a visitá-lo? E porque só falaste quando eu disse que a “contagem decrescente” já tinha começado?
Sou um homem de palavra. Quando me comprometo com uma coisa, cumpro sem reservas. Se disse que não pretendo fazer-te nada, estou ser sincero. Neste momento tens uma imagem minha dum tipo perturbado, estranho e doente, não é? Pois, essa é precisamente a imagem que dou a passar com isto. Mas só tu é que vês assim, pois todas as outras pessoas que acedem ao blog sabem à muito tempo que ando a gozar literalmente contigo e ligam apenas aos outros posts. Quem perde tempo a conhecer-me e a dar-me uma oportunidade de amizade, fica a saber bem o que esperar de mim. Eu não ando em conflito com ninguém nem comigo mesmo. Sou teimoso, às vezes um pouco chato mas não ando atrás de ninguém para o/a magoar. Achas que isto tudo perturbou o meu curso? Enganas-te, ajudou-me foi a combater o stress que ele causa. E por falar no meu curso, lembrei-me de outro aspecto. Hás-de reparar que, em tudo o que escrevi, nunca me desviei para assuntos paralelos. Em momento algum disse algo que pusesse em causa ou ofendesse outros aspectos da tua vida ou as pessoas à tua volta. O teu pai foi uma mera coincidência; quando houve aquela tourada de saber se o Simão tinha ou não agredido o Alex no Benfica – V. Guimarães de há 2 épocas, apenas me chamou a atenção o apelido do árbitro auxiliar que estava em cima do lance, nada mais. Achei que não era coincidência. Mas não disse nada de errado, pois não? No entanto, tu decidiste no teu comentário puxar outro assunto que não tinha nada a ver com isto. Qual é o problema de eu falar da minha performance na faculdade? A minha principal ocupação é ser estudante e é normal que faça referências a ela de vez em quando. Sentes-te incomodado com as minhas notas, por elas serem superiores às que tiras neste momento? Se calhar é porque nunca viste o meu currículo. Mas como podes ver aqui, não sou nenhum aluno fora do vulgar e tenho notas como as tuas. Apenas falo destas porque são as que irão definir a minha média do mestrado. Não devias ter falado nisto, não era para aqui chamado. Nunca me viste nem virás escrever nada sobre o facto de seres acólito ou árbitro, de teres um carro para ti e eu não, de teres tido explicações de matemática no 12º ano ou por eu ter-te visto uma vez a conduzir o A4 dos teus pais e a fazer a curva mesmo em frente à minha casa enquanto estavas a mexer no telemóvel com a mão esquerda... Coisas destas não interessam. Nunca mais quererei saber de disto para nada. Nem a falar neste assunto. Para mim, morreu tudo hoje. Tratei-te como me trataste. Assunto encerrado. Mas, antes de terminar, já que não gostaste do facto de eu não ter dado os parabéns à rapariga, permite-me que te os dê pelos teus 21 anos feitos, presumo eu, com toda a alegria e felicidade no passado dia 11 de Junho.
Não andei a investigar-te. Tenho mais que fazer do que andar a brincar à PJ. Apenas quis saber o tipo de pessoa com quem estava a lidar, nada mais.
Para mim, esta embrulhada acabou. Ponto Final. No entanto, permite-me que te dê três conselhos antes de terminar:
1 – Nunca subestimes os teus adversários, especialmente se não sabes a forma de agir deles, pois são sempre mais inteligentes do que parecem;
2 – Não inventes tretas para esconder as tuas próprias asneiras. A sinceridade é a melhor solução em qualquer situação;
3 – Nunca mais faças a ninguém o que fizeste a mim. Nem toda a gente é tão benevolente como eu.