Muito se tem falado ultimamente sobre o Magalhães, o computador portátil desenhado especificamente para crianças e que o Governo Português decidiu impôr nas escolas nacionais. Muita coisa tem circulado pela net, desde aqueles vídeos feitos pelos professores como remate das acções de formação, até outros a parodiar o dito aparelho. Mais recentemente, foram os Gato Fedorento a fazer o sketch sobre o Magalhães em que parodiavam o computador com uma divindade com direito a missa e comunhão. Aparentemente, esse sketch provocou uma catadupa de queixas na ERC de muitos católicos revoltados com a comparação:
Estou quase a ter a defesa da minha dissertação de mestrado. Hoje, uma amiga minha passou na dela, após um sem número de peripécias, obstáculos e e problemas (por culpa da orientadora que apresentou uma nova definição para a palavra "vaca") e obteve um belo 16. Sem dúvida, um resultado excelente e que, espero, sirva de lançamento para a minha discussão, dia 3 de Novembro.
O título deste post poderia sugerir que me estou a referir ao filme com o George Clooney e a Catherine Zeta-Jones. Por acaso, não. Não tenho nada contra o filme. Aliás, nunca o vi. Este post refere-se a outro filme, se é que se pode dar esse título e que encontrei no site da PETA:
Não sou racista. Tenho amigos de todos os tipos, ideias, orientações políticas e sexuais, raças e preferências clubísticas. Mas isto que estes chineses fazem não merecia mais do que fazer-lhes exactamente o mesmo, ao estilo de Hannibal Lecter. Aniquilá-los, todos eles. E não era só a estes... a todos os outros que se portam assim com os animais, como os canadianos que matam as focas bebés à paulada.
A deslocação diária para o local de trabalho, seja em transportes públicos ou próprio, pode proporcionar situações caricatas ou embaraçosas, ou até graves se tal for esse o caso, quando se cometem erros ao volante. Hoje de manhã apanhei, como faço todos os dias, o autocarro 701 à saída da estação de Sete Rios e olhava para o relógio a ver quanto tempo demoraria a chegar ao destino. De todos os projectos onde estive envolvido, este é o que me permite uma viagem mais rápida e com menos complicações de troca de transportes. Quando o autocarro estava a efectuar a transição da Estrada das Laranjeiras para a Estrada da Luz, inesperadamente, o motorista decidiu virar pela direita, via Calçada da Palma de Baixo, a caminho do Hospital de Sta. Maria. Claro está que o pessoal mandou logo uns quantos gritos a perguntar o que raio estava ele a fazer. E quando se tem 90% do autocarro com mulheres, é fácil imaginar o espectáculo que se armou... O homem pediu logo desculpa dizendo que estava habituado ao percurso do 755 que segue aquele caminho e que se trocou pela força do hábito. Depois de umas manobras feitas com precisão, lá deu a volta para trás e prosseguiu pelo caminho certo. Isto de uma pessoa errar é algo de natural. Erra-se todos os dias, a toda a hora. Para se evoluir, tem-se de aprender. E para se aprender, tem-se de errar. No entanto, há erros e erros. Há aqueles erros que são insignificantes e que passam por pequenos percalços que até podem dar vontade de rir e há aqueles que podem ter consequências muito graves. Erros na família, no trabalho, nas amizades, no amor, nos cenários simples, nos cenários complicados... o ser humano está condenado a errar. Alguém disse que quem não aprende com a história está condenado a repetí-la. Para mim, mais importante é a atitude perante o erro. Reconhecer e corrigir ou desprezar e continuar? Eu apenas sigo a primeira. E o resto do mundo?
Para quê mentir para esconder a verdade? Para quê calar para tapar a desgraça? Não percebo porque muitas pessoas se colocam em posições horríveis para proteger algo que, muitas vezes, não merece ser defendido. A mente humana é a arma mais poderosa que existe. E o conhecimento e a inteligência são as munições que a alimentam. Por que não usar da melhor forma? Esta resistência à actuação correcta, ao bem fazer, ao ser correcto, já não faz sentido...
"Pride is a poor substitute for intelligence"
Steven Berkoff - "Lt. Col. Podovsky" Rambo: First Blood Part II