Balanço
Estou cansado. É verdade... Pode ser chocante que um rapaz com 25 anos e meio de vida tenha este sentimento mas é verdade. Estou tão farto de algumas coisas que me acontecem, quase que ciclicamente, quase que premeditadamente, como se alguém tivesse um controlo remoto nas mãos e olhasse para mim como um boneco e decidisse andar a brincar comigo apenas pelo gozo que isso dá. É divertido, não é? Às vezes tenho a impressão que algumas perguntas que me fazem, alguns assuntos que puxam na minha presença, são feitos de propósito para testar a minha reacção, por divertimento...
O último ano lectivo da minha vida, 2006/2007, foi o melhor de todos. Não só porque concluí as cadeiras do curso mas também porque consegui conciliar um conjunto diversificado de responsabilidades (coordenação da Semana Informática, Gestão Financeira do NEIIST, NAPE, tese no INESC) o que me permitiu "crescer" mais um bocadinho e tomar consciência de como é importante saber dividir o trabalho. Em paralelo também iniciei outra fase, se calhar, a mais importante, a minha vida profissional que, pelo meio de vários obstáculos, cá se tem aguentado e, espero, me proporcione uma carreira de que me orgulhe e torne o meu nome sinónimo de competência, seriedade, honestidade e profissionalismo. Pelo meio de todas estas coisas da faculdade, do emprego, da família e dos amigos, há também aquele assunto, que me tem vindo a moer nos últimos anos. Às vezes julgo que estou a ser castigado por algo que fiz. Nasci com 8 meses de gestação; fui prematuro e pergunto-me para quê? Para quê tanta pressa em vir "cá para fora"? E também se diga que não se tem feito nada para mudar a minha atitude, o meu interesse (ou falta dele) e a minha desmotivação. Exemplo como aquele a meio do ano em que fui tratado como um pneu sobresselente, trocado à última hora por outro, não é daquelas coisas que ponham o sexo feminino nas minhas boas graças...
Noutros anos, por esta altura, eu estaria a desejar o melhor para todos aqueles que são importantes para mim. Felizmente, já tive oportunidade de o fazer e, na maior parte dos casos, pessoalmente. A vida é feita de prioridades e importâncias. Há uns tempos atrás falei no facto de a importância ser algo relativo pois depende directamente do valor que atribuímos às coisas; só quem eu considero importante para mim recebeu a minha atenção. Dantes também costumava deixar votos para os meus inimigos, para que tivessem força e capacidade para me verem vencer; hoje já não faz sentido dizer afirmar isto. Eu já não tenho inimigos. Pessoas que possam ter tido acções menos correctas que me envolvam directa ou indirectamente pagarão por elas, no momento e no local certos, sem qualquer intervenção minha: justiça divina. Sou engenheiro, não sou juíz.
Vejamos o que o ano novo me trará. E bom 2008 para todos!