O valor da vida humana II

Ontem, tal como milhares de portugueses, vinha de regresso a casa numa viagem que pretendia que fosse calma e livre de acidentes. Por entre o relato do V. Guimarães - Porto, do sol quente do meu lado do carro que teimou em aquecer o ambiente e antevendo umas belas filas de trânsito na A1, eis que tenho o previlégio (preferia não o ter) de assistir a um triste espectáculo que várias vezes é apresentado nas estradas portuguesas. Na nacional 110, na aproximação a Tomar, um violento acidente destruíu por completo um Honda e deixou outro carro, não me lembro a marca, sem a parte da frente, literalmente. Claro está que várias ambulâncias cruzaram a estrada para socorrer os intervenientes, muito povo se aglomerou à volta para assistir e o trânsito ficou estagnado por muito tempo.
Aparentemente, um dos veículos, à saída de um cruzamento para entrar na 110, entrou de qualquer maneira sem ver se vinha outro e o choque foi inevitável. Mas quando será que as pessoas se vão consciencializar que não se podem comportar assim nas estradas? Um carro ou outra coisa do género, quando mal utilizado, é como uma arma, pode matar! Será que a vida é assim tão banal para se brincar com ela desta forma?
Continuo a achar que o princípio da punição exemplar deveria ser aplicado. Mas neste país...


Ainda hoje tive acessos ao blog por pessoas que andaram à procura na net de informações sobre o meu bom amigo Miguel Malato. Espero que o tenham feito com boa intenção e respeitem a memória dele.

O valor da vida humana

Sendo hoje o meu dia de aniversário, para além de muitos outros motivos tanto pessoais como profissionais que eu teria para festejar, não o faço com tanta alegria e boa disposição como é hábito. A razão é simples: um bom amigo que tive a honra de conhecer na faculdade faleceu esta semana. Mas foi mais do que isso, do que uma mera morte. Este rapaz suicidou-se. Aparentemente, por motivos relacionados com o stress no trabalho. Isto chocou-me muito e aos meus colegas de curso especialmente porque a pessoa em questão era muito divertido, sempre descontraído e alegre, uma fonte de boa disposição e bom ambiente. Como é possível um jovem de 25 anos julgar que a morte é a solução para os problemas? A vida é um todo, é uma soma de vários factores. O aspecto profissional, embora tenha o seu peso, é apenas mais um factor. Simplesmente, não compreendo. Até acho incrível isto tudo ter acontecido. A vida é o nosso bem mais precioso, não o podemos desperdiçar assim desta forma. Por todos os obstáculos que possam haver, por tudo o que possa correr mal, por muito complicado que as coisas possam estar, mesmo batendo no fundo, antecipar a nossa própria morte nunca é solução.
Miguel Malato, terás sempre um lugar na minha memória. E nunca me esquecerei duma frase que disseste num jantar há uns anos atrás: "No IST entram pedreiros e saem engenheiros". Que grande verdade!


Confesso que fiquei espantado na 2ª feira passada, dia 14, quando olhei para dois comentários escritos nos últimos dois posts. Passo a explicar.
Pensava que as pessoas aprendiam com os seus erros e se rectificavam. Também pensava que a partir de um conjunto de atitudes nojentas que incluíram mentir à namorada e à família dela, arranjar outra namorada em simultâneo e enganar as duas, espalhar mentiras por benefício próprio, incluindo falsos testemunhos e uma lista de insultos apenas por prazer se tinha atingido o limite e que, após um desmarcarar frontal e irreversível, ter-se-ia vergonha na cara e não se repetiria a brincadeira. Pelos visto enganei-me.
E também me enganei noutro ponto: é sobejamente conhecido o rigor que diversas entidades empresariais impõem na gestão dos seus recursos humanos. O objectivo é ter o melhor para obter o melhor, em produtividade e resultados. Mas, por vezes, enganam-se. É natural, afinal de contas, errar é humano e ninguém é perfeito. Será que aquela entidade bancária sabe que tem lá um autêntico monte de lixo?
E, já agora, não seria mal pensado umas aulas de português, especialmente ortografia, para aprender a escrever como deve de ser...

Descanso

Um sábado para descansar, reflectir, analisar o passado, ver o presente e projectar o futuro. Estou quase no meu aniversário e interrogo-me se tem significado alguma coisa todos estes anos. Bem, alguma coisa sim se não, já cá não andava...

Perdão ou punição?

Que tipo de atitude se deve ter com alguém que nos trata como um boneco de substituição? Que diz mil e uma coisas diferentes, todas bonitas e agradáveis, que está o tempo todo a dizer-te "quero-te, quero-te" e, do momento para o outro, assim do nada, como da noite para o dia, diz "olha, tomei uma decisão e afinal já não quero. Prefiro outro". E ainda ando para aí a dizer que as mulheres são o melhor que há. A Mãe Natureza, decididamente, fez de mim um ser muito estúpido.
Acho que estou a perder o meu tempo. Por que é que em vez de andar para aqui cheio de gestos bonitos, com boas acções e tal, por que não faço precisamente o oposto? Afinal de contas, se os resultados que obtenho são os mesmo, seja qual for a abordagem, para quê estar a chatear-me em fazer as coisas pelo correcto? Pelo caminho contrário, pelo menos, divirto-me.

"Forgiveness is between them and God. My job is to arrange the meeting."

Denzel Washington - Creasy
Man on fire