14 de Fevereiro. Ora aqui está uma data que seria normalíssima não fossem os tenebrosos tentáculos do marketing e do consumismo usarem a imagem do S. Valentim para fazer dinheiro à base de um sentimento puro, forte, genuíno e inigualável que se chama Amor.
Pessoalmente, detesto este circo que se monta à volta do 14 de Fevereiro. Se se ama alguém de verdade, então todos os 365 dias do ano são "Dia dos Namorados" e não apenas hoje. No entanto, acredito que todos os casais que pensam como eu são aqueles que têm o previlégio e a honra de viverem uma relação séria, plena, carregada de todos os sentimentos amorosos indispensáveis e, como tal, encaram este dia como "mais um" no caminho a dois que percorrem todos os dias.
Conheço pessoas que se sentem mal com o Dia dos Namorados. Talvez por não terem recuperado de relações anteriores que correram mal, talvez por nunca terem tido uma relação verdadeiramente séria e preenchida de amor ou, até mesmo, por nunca terem tido uma relação amorosa sequer, faz com que sintam até ódio por este dia, já não bastando a tortura que é passar na rua nos outros dias do ano e cruzar-se com casais nos quais reconhecem o verdadeiro amor que gostariam de ter. Em tempos passados, eu também fui assim. Sentia uma revolta tremenda e não compreendia o porquê da minha situação. Hoje, sinto-me diferente. O meu status quo mudou? Não, permanece o mesmo. Mas, através de várias pessoas que entraram na minha vida, compreendi que tudo acontece de forma natural e que apenas tenho de saber aproveitar e viver a minha vida, aceitar e respeitar os meus erros e derrotas, aprender e evoluir a partir deles, e ter a convicção que tudo acaba por chegar, mesmo que o caminho a percorrer seja sinuoso, cheio de curvas, armadilhas, buracos e obstáculos. E se julgar que não consigo atravessar sozinho algumas partes deste caminho, então terei que ter a coragem de pedir ajuda quando e sempre que for preciso e a quem eu sentir confiança para tal.
A Vida recompensa quem é ambicioso, não quem se amedronta e fica à espera que as coisas apareçam feitas ou que caiam do céu. No entanto, há dois tipos de ambição: a gananciosa e a humilde. Quem tem a primeira recebe não o que pretende mas sim uma recompensa em forma de castigo ou maldição. Quem tem a segunda acaba por receber o que pretende e ainda mais, aquilo a que me
referi anteriormente como a surpresa inesperada que a Vida costuma dar e que lhe dá o verdadeiro sabor.
Neste momento sinto-me um homem cheio de sorte. A Vida fez o meu caminho cruzar-se com o de uma mulher fantástica. Mas como tudo aquilo que é verdadeiramente puro e genuíno, terei de lutar pelo que quero, sempre seguindo as regras do respeito e da humildade, pelas quais sempre me regi e tenho orgulho em continuar a seguir. Se, nos momentos em que estiver com ela, lhe falar ao telefone ou pela net, escrever uma SMS, lhe dar uma prenda ou um miminho, eu a encarar, olhar e tratar como namorada/companheira, a Vida dar-me-á apenas uma (grande) amiga. Por outro lado, se eu fizer tudo isto desejando-a como amiga, sinto que há uma hipótese de ela se tornar a mulher da minha vida. E a minha convicção está no facto de eu sentir que ela também sente algo por mim, por todas as palavras e gestos que tem para comigo...
Não querendo fazer cópias não autorizadas de alguém que escreve com o claro intuito de ajudar os outros, deixo o
link para uns conselhos que considero muito importantes, se não mesmo fundamentais, para um relacionamento pleno a dois.
Para todos aqueles que têm à sua volta alguém que realmente merece o seu amor e que querem amar verdadeiramente e insistem em estar presos a relações que não satisfazem, que não preenchem, que não têm futuro, que são falsas e artificiais, deixo aqui uma música do David Fonseca intitulada "Someone that cannot love" e desejo que sirva para ajudar a abrirem os olhos e ver realmente que há quem mereça a vossa atenção, o vosso amor e esteja disposto a retribuir o mesmo n vezes mais:
