Início de um ciclo

Parece que ainda foi ontem que este mês de Setembro começou. Estava eu no dia 1 a dizer a mim próprio "este mês vai trazer mudanças para melhor e só desejo que passe depressa". Hoje estou no último dia de Setembro e reflicto sobre estes 30 dias que muitas mudanças trouxeram a mim. Não pretendo falar de todas (seria impossível) mas deixo dois apontamentos. O primeiro é que o Caminho da Verdade que cada um de nós trilha todos os dias tem os seus momentos e, no meu caso, ajudou-me a crescer e a encarar de modo diferente várias adversidades que surgem quando menos esperamos. O segundo é que, se nos empenharmos e acreditarmos em nós próprios, não só alcançamos tudo o que queremos como a felicidade fica mesmo à mão de semear.

Agora, venha Outubro.

Verde

Na descoberta do Caminho pessoal, nada melhor do que passar algum tempo a descobrir os espaços verdes que abundam à minha volta. Nas duas últimas semanas, visitei jardins que nem sabia que existiam. E no meio desta busca, encontrei um espaço único e especial para mim: o Jardim do Torel. De facto, às vezes, é mesmo muito bom descobrir coisas sozinho.

All you need is love

Chegado a casa depois de um dia muito bem passado na Feira Alternativa de Lisboa, vieram-me à memória algumas das aprendizagens que retirei deste certame fantástico que teve lugar no Jardim Botânico Tropical e, no qual, estiveram presentes um grande número de entidades cujo único objectivo na sua área é providenciar que qualquer pessoa consiga desfrutar da sua Vida em plenitude e de uma forma saudável.

Por entre os diversos temas em apresentação, o tema das relações amorosas foi levantado pois considera-se que uma vida a dois é um componente fundamental para o desenvolvimento mental e social de cada pessoa. No entanto, dei por mim a pensar sobre quais as condições necessárias para que uma relação amorosa resulte (ou funcione). Por entre a personalidade de cada um, gostos e feitios, manias e preferências, a resposta resume-se a uma única palavra: AMOR.

Um senhor chamado Bert Hellinger, criador da psicoterapia denominada Constelações Familiares e Relacionais, escreveu um livro intitulado "A simetria oculta do Amor" em que apresenta as diversas facetas e questões associadas aos relacionamentos amorosos. No entanto, este livro torna-se automaticamente importante não pelo seu conteúdo mas sim por uma ideia que apressenta na sua capa: "Por que o amor faz os relacionamentos darem certo". Não interessa quantas dificuldades possam surgir (e serão sempre muitas) nem os obstáculos. Não interessa sequer se algum dos parceiros possa não estar preparado para um relacionamento amoroso ou até para um projecto de vida a dois. Se há Amor entre eles, se se amam incondicionalmente e se aceitam um ao outro sem restrições, respeitando o espaço de cada um, então a relação tem tudo para funcionar, mesmo que algum destes pontos não esteja bem definido. O Amor é a solução, a ponte, a resposta para tudo o que um casal necessita.

Abençoados todos aqueles que, fazendo parte de um casal em pleno, tenham Amor entre si e o vivam sem limites e gozando cada dia como se fosse o úiltimo. Têm nas suas mãos o melhor da Vida!

Âncoras

No Caminho da Vida, há sempre situações menos boas que deixam marcas. A capacidade do ser humano em reconhecer o que não está bem, corrigir, aprender e evoluir a partir daí é o principal motor do crescimento pessoal que cada um de nós tem. No entanto, nota-se que cada pessoa costuma ter traumas, não necessariamente severos ou profundos mas todos os temos, mesmo que tenhamos aprendido uma grande lição a partir deles. Aquele velho ditado "gato escaldado de água fria tem medo" assenta que nem uma luva nesta premissa. É importante ter-se a capacidade de largar estes traumas que nos limitam no nosso desenvolvimento e causam grande mal nos passos necessários no nosso Caminho. É uma prova de maturidade conseguir cortar a corda destas âncoras que nos prendem e dar os passos em frente que tanta falta nos fazem nestas etapas de evolução plena que se quer saudável. E é uma prova de grande coragem o ser-se capaz de reconhecer a incapacidade para lidar com estas questões sozinho e pedir ajuda. Há sempre um ombro amigo disponível quando é preciso. Basta saber olhar para o encontrar...

Amor das Crianças

Existe Amor mais puro do que aquele que nos é proporcionado pela pureza das Crianças?

Uma amiga que é educadora de infância mostrou-me este vídeo. Tocou-me cá dentro...

Fazer

A disputa entre a Razão e o Coração centra-se nas acções que escolhemos fazer a cada instante. Racionalizar muito uma decisão retira-lhe a componente sentimental que caracteriza o estado emocional do ser humano. Por outro lado, decidir por impulso sem parar para reflectir leva a que o "sangue frio" não esteja presente no momento fulcral. Tudo isto é verdade mas também há que ter em conta que é tudo muito relativo; o ser humano não é uma máquina e, a cada momento em que decide, aprende e evolui a partir do passado para o seu futuro.

Recentemente, comprei um livrinho intitulado "A Princesa que acreditava em Contos de Fadas" com o qual cruzei o meu olhar numa lista bibliográfica (na Vida, nada acontece por acaso...) e cuja mensagem me tocou bem fundo, um pouco à semelhança do que tinha acontecido quando li "O Cavaleiro da Armadura Enferrujada". Das várias lições nele contidas, uma das que mais me chamou a atenção foi a seguinte:

"Deve-se sempre fazer o que é melhor em vez de se fazer o que se quer."

Quantas vezes o coração diz para fazermos algo e, quando paramos para pensar um pouco, verificamos que essa acção pode ser prejudicial embora, para o nosso lado sentimental, seja a decisão mais acertada? Eu sei pois tenho sido posto à prova neste ponto várias vezes nos últimos tempos...

É muito duro julgarmos que o coração tem as respostas para tudo e depois verificamos que nem todas são as mais correctas no momento correcto. Embora, à primeira vista, possam parecer que tragam impactos positivos, na realidade são nefastos.

Por muito que possa custar, mesmo que dilacere a alma e o coração, devemos sempre fazer o melhor em cada decisão que tomamos. Mesmo que isso possa ser totalmente contrário ao que o coração diga, no futuro, será sempre visto como a escolha correcta. Mas, para constatar isso, é necessário ser paciente, dando tempo ao tempo...

Dar tempo ao tempo

Saber esperar é uma virtude. E conjungar com paciência é uma demonstração de maturidade e preserverança. Nem todos os problemas se resolvem no imediato. Alguns implicam um esforço/investimento contínuo cujos resultados apenas aparecem ao final de algum tempo... Ter a capacidade para esperar pelo momento certo e, durante esse período, ser capaz de interiorizar e reflectir sobre o passo seguinte, conduz a uma introdução de sabedoria e a uma sensação de grande satisfação e recompensa por se atingir o objectivo pretendido.

No entanto, o estar à espera pode ser muito duro, com uma dor dilacerante a atravessar a alma de uma ponta à outra... O verdadeiro teste é suportar este sentimento e saber passar um dia de cada vez. Quem segue o caminho da correcção é sempre recompensado!

Amar de olhos abertos

Recentemente, abri os meus horizontes para um tipo de literatura que anda há alguns anos pelo mercado nacional (e há dezenas de anos em mercados estrangeiros): livros de auto-ajuda. Pode parecer uma temática estranha, salve seja, para pessoas com problemas ou perturbações. Nada mais errado! Nada do que estes livros têm escritos tem qualquer relação com psiquiatria ou patologias bizarras. São sim pequenos textos com contos, metáforas, pequenas histórias que nos ajudam a crescer e a notar aqueles pequenos pormenores do dia-a-dia, aqueles pormenores que fazem toda a diferença, que nos ajudam a ser melhores e mais completos nas coisas em que investimos o nosso tempo.

Agora estou a terminar de ler o livro "Amar de Olhos Abertos", de Jorge Bucay. É um livro maravilhoso. Acho que todas as pessoas, independentemente da sua situação amorosa, deveriam ler este livro. Não é presunção minha, é sim o reconhecimento humilde de que todos temos sempre alguma coisa mais a aprender neste nosso mundo e na Vida...

Vida nova

Setembro começou. E com ele, novas perspectivas, novos projectos, novas ideias... Para os alimentar, uma grande força de vontade e de espírito, alimentados pela coragem interior que está para dar e vender.

E agora, um dia de cada vez...

"Aqueles que levamos no nosso coração estão sempre por perto"

Marcia Grad
A Princesa que acreditava em Contos de Fadas